"VOCÊ NÃO QUER VER, NÃO QUER ESCUTAR E MUITO MENOS FALAR"
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Emma Goldman

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O Bom e Velho Roots...


Agora temos uma área no blog aqui do lado direito divulgando o bom e velho reggae roots, reggae de raíz, as "pedradas".


Temos as seguintes músicas:



» Só Quero o Que é Meu

» Ponto de Equilíbrio




» Stealing in the name of jah

» Max Romeo




» Relação

» Jah Live





"Então, não lhe desejo mau, pois todo mundo é igual, remando em suas positivas vibrações da vida, dê força ao bem e não ao mau, e não se torne um navegante da ilusão, pois nós, piratas dos bons pensamentos e princípios, do bem, não seremos indiferentes com ninguém, com ninguém!"

sábado, 24 de janeiro de 2009

Cooperativismo - Pratique, cresça!


Muito se desgasta em grandes empresas em busca de uma estabilidade econômica, um bom salário, sempre esperando a boa vontade do patrão e a louca economia capitalista. Mas, por que não começar uma cooperativa com pessoas sérias e que têm o mesmo pensamento?



Para que se desgastar e ser explorado constantemente, todo mês? Para que pagar aos outros que você trabalhe!? Isso mesmo, você paga por trabalhar.



Deixe de ser explorado, invista em cooperativas. Um vídeo explicativo, assista:






Entendeu?


Você formará com outras pessoas uma empresa, a qual não teria níveis hierárquicos de organização e administração, tendo cada um sua função específica e decidida por todos e todos realizando a administração e organização econômica, do modo de trabalho e do ambiente de trabalho. Isso irá trazer uma harmonia no trabalho, satisfação em saber que não está sendo explorado, que tudo que você faz tem o SEU valor, um certo prazer em trabalhar e se unir à outras pessoas sem a intenção de sempre sobrepor o próximo, mas sim com a intenção de todos, juntos, crescerem.



Afinal, você prefere ser explorado e subjulgado à várias coisas, tais como carga horária pesada, constantes ordens do patrão que visam somente o seu lucro, más condições de trabalho, etc.?



Pense, um novo mundo é possível, e está muito mais próximo que imaginamos, basta termos atitude.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Economia Anarquista


No texto "Sistema de Trocas em Ordem Natural", que publiquei neste blog em agosto de 2008, eu propus algo já proposto por Proudhon, porém bem menos desenvolvido, que é o contrato social como base das relações. Eu ainda cheguei a mencionar "Este é meu início do estudo e pensamento econômico. Espero que não assustem caso eu mude de opinião tão fácil, o que pode ser muito improvável." Pois é, estou aqui propondo outro sistema de troca, agora baseado em uma moeda para a organização e estabilidade da economia e das relações sociais, muito distante da economia capitalista e da economia socialista autoritária [1].



É muito importante realçar que a economia capitalista baseia-se não só no capital, mas também - e estes com mais importância - na propriedade privada, na concorrência de mercado, iniciativa privada, trabalho assalariado (relações patrão x trabalhador), tendo consequências tais como ganância, exploração, desigualdades - que, como outra consequência, crimes, assaltos, assassinatos, sequestros -, etc. É claro, tudo gira em torno do capital. Mas não é correto afirmar que uma economia com moeda de trocas é obviamente "capitalismo". Por exemplo, no socialismo autoritário, mesmo sendo algo que é em todos os aspectos e em suas raízes ideológicas contra o capitalismo, há a moeda de trocas.



A minha concepção baseia-se e uma estabilidade proporcionada devido à queda do capitalismo e do Estado interferindo nas relações do povo, dos indivíduos. A organização do trabalho seria feita pelos próprios trabalhadores - ora, se no capitalismo, que é super concorrido, eles sustentam eles próprios, os burgueses, e os políticos, porque em estado de autogestão e realização do trabalho com menos carga horária e stress eles não se sustentariam? -, ou seja, continuariam os trabalhadores a trabalhar, a exercer sua função na sociedade, formando cooperativas, para substituir as empresas. As empresas capitalistas são formadas pelo patrão e pelos trabalhadores, e os trabalhadores gerando a riqueza para o patrão e tirando o seu sustento; as cooperativas, uma vez que não possuem níveis hierárquicos econômicos, ou seja, não possuem patrão, os trabalhadores iriam administrar a carga horária e o que gerou de trabalho e troca no - por exemplo - mês. As cooperativas, em questão de relação, funcionariam semelhante às empresas que tanto conhecemos: efetuariam e estabeleceriam os preços dos resultados do trabalho, colocariam no mercado, ao mesmo passo que as outras fariam o mesmo. Por exemplo: temos a cooperativa alimentícia, a cooperativa de água, e a de vestimentas. Ao mesmo passo que uma produziria e disponibilizaria o seu trabalho no mercado, as outras também o fariam, onde efetuaríamos compras - com o que ganhamos com nosso trabalho - formando um elo econômico autogestionário.



Podem achar que isto é o que acontece hoje em dia, mas não é exatamente assim. É lógico que será em grandes proporções, grande escala, pois não existiriam somente três cooperativas. A diferença básica é que, com a ausência do capitalismo e do intervencionismo [2], os poderes ilícitos que impedem o povo se desenvolver sozinho, que são os patrões e as autoridades desnecessárias, seriam de fato abolidos. O trabalhador se regia sozinho, ele administraria seu trabalho e o fruto de seu trabalho em conjunto com aquele que formou a cooperativa, e com uma organização interna horizontal [3] e transparente [4], haveria a divisão dos gastos e a definição dos ganhos à cada trabalhador da cooperativa. Isso seria difícil de um extorquir dinheiro, uma vez que ninguém teria um cargo mais alto destinado à administração econômica.



O fluxo econômico seria sempre estável, pois não existiriam iniciativas privadas lançando créditos inexplicáveis e proporcionando, posteriormente, quedas vertiginosas da economia e deixando cada vez mais o povo na miséria. Em economia capitalista, uma economia louca que dizem que é natural, eu não tenho muita noção - e nem quero -, porém sabemos, temos a experiência do que a economia natural e harmônica nos proporciona. A moeda seria constantemente trocada (como no capitalismo), e, como não existiriam intenções de lucros exorbitantes (como no capitalismo), garantiria uma estabilidade econômica. Ora, é apenas uma moeda de troca, nada mais.



Chegou uma dúvida certa vez, que era "como, então, já em funcionamento tal economia, começar uma nova cooperativa?". Isto tomou-me certa dúvida, mas com certeza será esclarecido. Eu, a princípio, pensei que seriam doadas as bases para a criação, mas, como em uma empresa capitalista, a pessoa associara à uma cooperativa, organizaria suas economias, e formaria o projeto em conjunto com aqueles(as) que gostariam de começar um novo projeto, e com base no apoio-mútuo (já que seria de interesse geral a criação), começariam a nova cooperativa. Isso esquentaria a economia, daria mais uma alternativa de trabalho e mais uma alternativa de podermos ter algo que antigamente não tínhamos. Então, o incentivo das demais cooperativas é sempre necessário, mas não o principal.



Tais relações livres, proporcionariam ao trabalhador um certo prazer, primeiro por ele saber porque trabalha, para quem, e como; segundo por ele ter autonomia para trabalhar e decidir sobre seu trabalho; segundo por ele ter a convicção de que não está sendo extorquido, roubado, explorado, e que, o seu trabalho, que antes sustentava ele, os ricos e os políticos, agora está sustentando somente ele, ou seja, triplicando seus ganhos. Essa liberdade de associação, essa real liberdade, liberdade individual, garante uma igualdade social que nunca será estabelecida por uma ou milhares de leis burocráticas estatais. E é isso que vou condenar agora.



Tenho que esclarecer sobre a diferença ao socialismo autoritário. Difere, além da autoridade desnecessária já mencionada antes, na intervenção do Estado. O Estado, em lei, diz que garante a igualdade, mas fere a liberdade. Seria uma espécie de obrigação sermos iguais. Ganharíamos o mesmo, iríamos consumir o mesmo, tudo em administração do Estado. Isso, além de ferir a liberdade (como disse), e em conseqüência o povo, a autoridade intensa do Estado e dos chefes de estado, ou seja, os líderes, com toda certeza desencadearia em um abuso da direção sobre o povo, tornando este apenas uma marionete generalizada. Pois, a história nos mostra a verdade [5], e Bakunin já havia previsto a famosa "Burocracia Vermelha". Esta igualdade decretada como base a não-liberdade, a obrigação, é, sem dúvida, algo que nunca funcionará - ao meu ver, a liberdade individual garante a igualdade social -.



Não gosto e repudio a iniciativa privada, propriedade privada [6], mercado capitalista, lucro, patrão, Estado, autoridade, e as demais formas de maltratar a liberdade e a igualdade; que impedem que o povo se mova; que são ilegítimas e nojentas. LIBERDADE, SOLIDARIEDADE, IGUALDADE.



Neste estudo não foi abordado exatamente tudo, mas com o passar do tempo, vamos evoluíndo e desenvolvendo as idéias. Mas considero como base para uma nova era de pensamentos meus.


Notas:


[1] Por socialismo autoritário entendo o Estado que Marx propôs como um trajeto para efetuar a real emancipação do proletariado, onde tudo é estatizado e o grande leviatã tem a cooredanação e administração de todas as relações sociais (Rússia, Cuba).

[2] Intevenção do Estado sobre a economia e a política.

[3] Sem níveis hierárquicos.

[4] Todos com a capacidade de poderem ver o que se entra, sai, modifica na economia interna e ao mesmo passo decidirem como será a divisão do, podemos dizer, "lucro".

[5] Rússia, por exemplo.

[6] Moradia, alimento e vestimentas são essenciais ao indivíduo, há de serem garantidas para ele. As suas conquistas com base no trabalho - em sistema cooperativista - também têm de ser garantidas. Consideramos, nós, anarquistas, propriedade privada como a exploração do homem sobre o outro: grandes terras e meios de trabalho concentradas nas mãos de poucos, empresas privadas sendo propriedade do patrão e tornando o trabalhador apenas um mero assalariado, dentre outros fatores de exploração capitalista. A propriedade é um roubo!