"VOCÊ NÃO QUER VER, NÃO QUER ESCUTAR E MUITO MENOS FALAR"
Pesquise no blog:
Insira uma palavra-chave:
«Se VOTAR mudasse alguma coisa, o VOTO já teria sido banido.»
Emma Goldman
Mostrando postagens com marcador Pensamentos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Pensamentos. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Indústria do Medo

Métodos coercivos bem nítidos; Inquisição; "os bárbaros irão saquear as cidades, fujam!", então, logo procura-se um feudo onde haja segurança e, mesmo que gaste todos os esforços trabalhando pelo enriquecimento do senhor feudal, há a garantia de vida e, mesmo que podre, há a alimentação; "Cuidado ao pensar em malícias demoníacas sexuais, homem, a mulher é o pecado! Almeje-a e o inferno lhe aguarda!"; feminino, palavra que significa pouca fé, ou seja, mulher, objeto de perdição diante de Deus; etc. Sim, digo-lhe sobre a Idade Média.

Homicídios, roubos, furtos, esquartejamentos, sequestros, ganância. Há quem diga que é um resumo daquilo que ocorre nos dias de hoje, todavia não passa de uma declaração extremamente completa e objetiva.

Qual a semelhança? Embora ações diferentes, há, por trás de tudo, um sentimento único, que possibilita toda a conservação social. O medo.

A indústria mais antiga é a Indústria do Medo, onde criam mecanismos capazes de exercerem um gigante controle sobre toda a população mantendo a "ordem", que, aparentemente, é mantida pelas leis. Há mais de 1000 anos fora criada. Nunca mais fora destruída por completo, apenas modificada e com sempre novos conhecimentos agregados.

Estes mecanismos avançados, na Idade Média, eram mantidas pelas elites, dentre os quais engenheiros eram o Clero (Igreja Católica), a nobreza e os senhores feudais, com o objetivo de manter conservado o servo em suas respectiva posição social. Existia todo um trabalho pré-estabelecido, tal como qualquer máquina, que estava encarregadi de deturpar ideias cristãs e criar novos valores morais para o mantimento da ordem social.

Por via das dúvidas, os grandes engenheiros desta gigante fábrica criaram um mecanismo especial para repor alguns erros de fabricação na área responsável pela introdução dogmática e doutrinária sobre os servos: a Inquisição. Erros os quais eram considerados "pecado", algo que, caso a máquina detectasse, aquele servo teria seu destino traçado ao fogo, elemento programado como "purificador" diante das Escrituras.

Mas que fantástico! A Indústria do Medo estava programada para realizar, vezes ou outras, tais erros, pois, faziam parte do mantimento do objetivo central da indústria, o temor! Apenas com a ação e a realização da punição que o temor se estabeleceria diante do povo, então, que façamos sofrer! Então, que façamos pecar!

Há nesta fábrica também uma área, criada, logicamente, e quase que exclusivamente, pelos senhores feudais, que era responsável pela produção e reprodução periódica de saques e assassinatos de um povo dito "inferior", cujo nome haveria de ser bastante sugestivo, Bárbaros! Ah, mas que desgraça! Homens inferiores enlouquecidos e sádicos atacando cruelmente as populações nas cidades! Agora, a função é levar mais e mais pessoas receosas aos feudos, para ali obterem segurança e, todavia, trabalhar exaustivamente àquele que lhe concebe segurança. Mais uma peça prefeita da fantástica fábrica de 1000 anos.

Devemos recordar da máquina responsável pela criação do pecado diante do pensamento humano, tal como pensar em sexo? Aliás, aqui já acabamos de lembrar. Tocais, ou mesmo, pensastes em mulher, sexo, que será queimado e terá como destino o inferno!

Mas esta fábrica, com mais outros milhares de recursos de variadas escalas e importâncias dentro da conservação do medo, como já foi dito, sofre alterações, e, às vezes é violentamente atacada. Mas qual será o motivo dos ataques? Se fora violentamente atacada mais de uma vez, porque não se destruiu? Será o erro da fábrica? Mas não é perfeita?

Erro da fábrica!? Nunca. Mas erro de quem a mantém. Se, neste espaço histórico fora o Clero (Igreja Católica), a nobreza e os senhores feudais aqueles encarregados de lhe manter, sim, a culpa fora deles. Administração de um gigantesco e complexo mecanismo como este, realmente, não é fácil, mesmo este podendo suprir-se até com seus próprios erros.

A fábrica se destruir? A fábrica se alimenta de seus erros como também se alimenta da queda dos seus respectivos administradores. É uma fábrica, uma indústria do medo, e, com a reação de pessoas que lhe foram alvo àqueles que lhe administram, nasce, pois, o medo; o medo, sentimento que faz nascer o poder e o controle; faz nascer o medo naqueles que administram.

O medo criado àqueles administradores é sim capaz de reverter a situação social hierárquica e fazer aqueles então alvos tornarem então os controladores. Porém estes não têm noção, inteligência, tampouco capacidade de gerir uma indústria como esta. O que então se sucede? A queda dos administradores. Eis que vem, então, os melhores capacitados, agora experientes em virtude da última queda, e tomam-lhe a gestão, a administração. Nasce um novo ciclo, com novas peças, novos planos, nova organização, mas mesmo objetivo: fazer reinar o medo.

Nos nossos tempos, milênio e séculos de existência da indústria, depois de vários administradores que caíram, estamos-nos aqui, com uma novidade: quem gere, quem organiza e administra a indústria, é o próprio alvo.

Absolutamente todas as classes sociais, todas as pessoas, absolutamente toda a população vive sob medo e tensão, e, estas mesmas, como administradoras, criam mecanismos para se aconchegarem, se acostumarem como podem nesta realidade.

Agora sim podemos dizer que não haverá mais alternância de gestão? Agora sim, poderemos, com certeza, dizer que chegamos no nível máximo de alcance dos objetivos da indústria? Não podemos dizer nada. Oras, vivemos pela indústria, decisões e pensamentos nossos são produtos da indústria. Não comandamos a indústria; a indústria nos comanda. O medo nos gere. O medo nos torna apáticos, sem vontade e coragem para tomar alguma, qualquer que seja, atitude.

Medo mascarado de ordem e organização social, controle e opressão mascarados de segurança.

sábado, 4 de abril de 2009

Sadismo Policial

Policia: Instituição de práticas sádicas.
Afinal, todos sabemos o tanto de prazer que um policial sente ao dar tapa na cara de pobre, de trabalhador; ao sufocar no saco e enfiar a vassoura; ao jogar bomba de gás lacrimogêneo em estudantes e trabalhadores; ao assassinar várias pessoas que um dia seriam provas contra policiais corruptos (queima de arquivo); dentre outras regalias praticadas por este crime organizado e sádico.

Proteção ou manifestação do sadismo coletivo organizado?

Rosas, Cocaína, Príncipes, Assassinos

Será que empreguei corretamente a(s) vírgula(s) no título?

Eu nao vejo na tv, eu nao ouço falar, eu nao leio; eu convivo com muleque que cheira pó desde os 11 anos, é foda? é pra caralho...

fazer o que? A sociedade fez isso, e apenas alguns tem a cara, a disposição de encarar isso e conviver com essa 'gente'.. Eu dou ideia, do as moral e pá, alguns ouvem, mas fazer o que? Os cuzão que só sabem julgar, a sociedade hipócrita que só sabe julgar NUNCA foi lá pra ensinar...

O muleque nao tem pai, nao tem mãe, não tem incentivo nenhum, apenas recebe preconceito e vive ao redor de drogas, quando se transforma em monstro a sociedade o reprime e o julga...

"que cuzão qe condena foi la pra ensinar?" - Facção Central

Quem é(são) o(s) assassino(s), violento(s), RIDÍCULO(S) nessa história que se repete dezenas de vezes ao meu pequeno redor, e milhões de vezes ao nosso redor?

Histórias que ninguém quer ouvir. Crianças sedadas e que são criadas em um mundo imaginário de flores e passarinhos não gostam de histórias de horror. Na nossa realidade não há cinderela nem princesa, elas foram em bora com as 2 gramas de cocaína que agora deixam o rosto do quase principe encantado (que, por alguma má sorte ou escolha do roterista, teve um papel drástico nesta história, totalmente antagônico ao papel de principe encantado) anestesiado, sem sentimentos.

Sem sentimentos? Não, absolutamente não.

Sem sentimentos? Quem vive sem eles? Ódio e vingança são os companheiros de viagem dessas 'bestas' julgadas pelos santos bem sucedidos da nossa sociedade.

Tenho vergonha de absolutamente tudo. Nunca senti isso, sempre ouvi alguém falar, mas nunca estive neste estado. Vergonha, tristeza, ódio. Tudo pelo amor.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Isto é Evolução

"Eu também quero a volta à natureza. Mas essa volta não significa ir para trás, e sim para a frente", disse Nietzsche.

A humanidade encontra-se em um estado de calamidade social e muitos dizem viver em um mundo globalizado. Vale lembrar que em virtude do desenvolvimento da tecnologia estamos conectados ao outro lado do planeta na hora que quisermos, todavia nossas relações no cotidiano contrastam essa idéia de globalização. Estamos cada vez mais com stress, ódio, cansaço, dentre outras emoções tantas que nos fazem distanciar cada vez mais do próximo. A sociedade é formada e mantida por medo e submissão. Instituições de todos os tipos nos moldam cada vez mais para sabermos conviver em meio à tanta violência e ódio resultando no conformismo existente hoje em dia em uma gigante parcela da humanidade.

Distúrbios físicos e psicológicos são normalidades em uma espécie animal que poderia viver em harmonia tanto quanto as demais.
“Aquelas comunidades –escreveu Darwin - do que encerram a maior quantidade de membros que simpatizam entre si, florescerão melhor e deixarão maior quantidade de descendentes”.
E é isso o que acontece? Desenvolvemos tecnologia que auxilia a medicina em contrapartida esta mesma tecnologia nos torna sedentários e cada vez mais anti-sociais. “A televisão mata a imaginação e leva ao estado hipnótico”.

Relações econômicas, idéias de acabar com a crise, investimentos, números, imaginações e alucinações rondam a cabeça dos homens de negócio, os homens bem sucedidos; enquanto fome, miséria, podridão, imaginações e alucinações rondam a cabeça dos pobres desnutridos, os homens marginalizados.

Progresso? Evolução? Ou luta incansável mantida por uma moral pré-estabelecida que sempre as novas gerações aceitam e se ajustam como podem?

"Os anarquistas consideram [...] muitas vezes que não há progresso algum. Nós vemos a história não como um desenrolar linear ou dialético numa determinada direção, mas como um processo dualista. A história de todas as sociedades humanas é a história duma luta entre governantes e governados, entre opulentos e miseráveis, entre os que querem comandar e ser comandados e os que querem libertar-se, assim como aos seus camaradas; os princípios de autoridade e de liberdade, de governo e de rebelião, de Estado e de sociedade estão em perpétuo conflito. Esta tensão nunca é resolvida; o movimento da humanidade vai tanto num sentido, como no outro”. Nicolas Walter, Do Anarquismo.

Manutenção do poder de uns sobre outros; opressão; submissão; chantagem; normalidade e conformismo.

Como podemos afirmar que há alguma evolução no campo social em uma sociedade que é criada e mantida pelo medo? Dizer que há alguma evolução é tentar mascarar a realidade e ser covarde de não contesta-la.

sábado, 7 de março de 2009

A Comunicação: Boa? Ruim?

Os animais, mais exatamente as espécies, existem para cooperarem entre os membros mutuamente.

Mas o homem tem em mente de que é superior e pode desenvolver um sistema de organização social perfeito para sua sobrevivência, sendo que desencandeia em um aglomerado de invenções e pensamentos fúteis que só lhe prejudicam.

Ora, o homem é superior?

O homem pensa! Assim como a formiga, assim como o leão, o macaco, o cachorro, o jacaré. Sim, TODOS os animais têm raciocínio, mas, a diferença que existe é que o homem conseguiu desenvolver um modo de comunicação, assim compartilhando seus pensamentos com os outros da mesma espécie, e, com o compartilhamento de idéias, se evoluindo. Evoluindo? De um modo sim, de outro não. É, ele conseguiu desenvolver muita coisa para ter uma vida mais saudável e longa, porém muitas dessas coisas TAMBÉM vêm contra o humano. A história da humanidade nos serve de exemplo.


Mas, então, caso fosse as hienas que tivessem desenvolvido esse método de comunicação, elas fariam tanta besteira depois de tantos anos? A história e as diversas relações ocorridas na terra não são exatas, não podemos dizer algo com convicção sendo que estaríamos é especulando. Mas, a chance de caír no pensamento de que elas seriam uma espécie superior seriam altas, assim como ocorreu com o ser humano.

A cooperação de indivíduos da mesma espécie é tão magnífica e grandiosa quanto natural. Será que foi culpa, direta ou indiretamente das nossas comunicações que hoje em dia, o homem luta contra o homem?

Criação de uma idéia de posse vitalícia; instituição para organização; incentivo na tecnologia para o auxílio do trabalho do homem (ou simplesmente trabalhar menos e com isso aumentar cada vez mais a preguiça?); criação da idéia do deus superior para não cair no vazio baseando em uma loucura para justificar a existência; mais idéias, mais valores, submissões, revoltas, assassinatos.

E agora, José?

Tudo caiu para o ódio coletivo mútuo!

Devemos parar de nos comunicar? O ser humano, depois de uma suposta e brutal alternância de idéias, ainda seria ingênuo o bastante para voltar ao mesmo lugar?

O ser humano foi fraco. Ele não suportou os seus pensamentos. Não por que foi o ser humano, mas porque, talvez, ele tenha sido inexperiente. A comunicação em uma espécie facilitaria muito nas relações, produções, subsistência, dentre outros meios de sobrevivência. mas, tendo como base a lei natural do mantimento mais saudável das espécies: o apoio-mútuo 1.

Não sabe-se agora onde o ser humano irá parar, se sua espécie será auto-extinta, ou se ele destruirá o mundo.

há de vivermos da maneira mais natural que existe, pois é dela que nascerá a organização.

Notas

1 Vide o livro O Apoio-Mútuo - Piotr Kropotkin - fazer download!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

bud - AME

Se você tampa sua boca, você não sente gosto;
Se você tampa seus olhos, você não é capaz de ver;
Se você tampa seus ouvidos, você não escuta;
Se você tampa seu nariz, não sente cheiro de nada;
Se você simplesmente não encosta em nada, você não sente nada;

Mas tente parar de pensar: o pensamento nos corrói um tanto; antes de tentar mudar você, saiba que você é louco, saiba que você ama, você sente raiva, que você pensa.
Você é extremamente vulnerável à todos os sentimentos possíveis. Cuidado para não sair do padrão do normal e por via dos seus pensamentos desviar da moral.

Cuidado para não ser tachado de louco.

Cuidado com o amor também. Muito cuidado.

Só aqui transbordam sentimentos, pensamentos e amor de um louco que quer parar um pouco; de um louco que às vezes prefere morrer;

Mas morrer? Você perde seus sentidos, e continua no pensamento? Ou o contrário?

A angústia é um dos sentimentos que mais se combina com o amor: O amor é a pura manifestação da negação.

Negue, e sinta o desespero do pensamento.

Sentiu? Não é que aqui estou enlouquecendo e exaltando sentimentos, que preferia não pensar nem ser tão sentimental?

Tente fugir e corra em círculos, sempre sendo pego pelo seu inimigo, por sua virtude.

Agonias, felicidades, angústias, ódios, inveja, ciúmes, tudo isso pelo amor: ele nega e cria.

Mas somos loucos por amar, ora, enfrentamos isso tudo em busca de um prazer imenso; estamos instáveis, sujeitos à tudo isso por amor: mas não pensamos antes;

O amor simplesmente nega o pensamento.

O amor cria, desenvolve, nega, e mata.



Muita paz e muito amor à você.

É, eu te amo também.



"ainda encontro, a fórumla do amor"

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Economia Anarquista


No texto "Sistema de Trocas em Ordem Natural", que publiquei neste blog em agosto de 2008, eu propus algo já proposto por Proudhon, porém bem menos desenvolvido, que é o contrato social como base das relações. Eu ainda cheguei a mencionar "Este é meu início do estudo e pensamento econômico. Espero que não assustem caso eu mude de opinião tão fácil, o que pode ser muito improvável." Pois é, estou aqui propondo outro sistema de troca, agora baseado em uma moeda para a organização e estabilidade da economia e das relações sociais, muito distante da economia capitalista e da economia socialista autoritária [1].



É muito importante realçar que a economia capitalista baseia-se não só no capital, mas também - e estes com mais importância - na propriedade privada, na concorrência de mercado, iniciativa privada, trabalho assalariado (relações patrão x trabalhador), tendo consequências tais como ganância, exploração, desigualdades - que, como outra consequência, crimes, assaltos, assassinatos, sequestros -, etc. É claro, tudo gira em torno do capital. Mas não é correto afirmar que uma economia com moeda de trocas é obviamente "capitalismo". Por exemplo, no socialismo autoritário, mesmo sendo algo que é em todos os aspectos e em suas raízes ideológicas contra o capitalismo, há a moeda de trocas.



A minha concepção baseia-se e uma estabilidade proporcionada devido à queda do capitalismo e do Estado interferindo nas relações do povo, dos indivíduos. A organização do trabalho seria feita pelos próprios trabalhadores - ora, se no capitalismo, que é super concorrido, eles sustentam eles próprios, os burgueses, e os políticos, porque em estado de autogestão e realização do trabalho com menos carga horária e stress eles não se sustentariam? -, ou seja, continuariam os trabalhadores a trabalhar, a exercer sua função na sociedade, formando cooperativas, para substituir as empresas. As empresas capitalistas são formadas pelo patrão e pelos trabalhadores, e os trabalhadores gerando a riqueza para o patrão e tirando o seu sustento; as cooperativas, uma vez que não possuem níveis hierárquicos econômicos, ou seja, não possuem patrão, os trabalhadores iriam administrar a carga horária e o que gerou de trabalho e troca no - por exemplo - mês. As cooperativas, em questão de relação, funcionariam semelhante às empresas que tanto conhecemos: efetuariam e estabeleceriam os preços dos resultados do trabalho, colocariam no mercado, ao mesmo passo que as outras fariam o mesmo. Por exemplo: temos a cooperativa alimentícia, a cooperativa de água, e a de vestimentas. Ao mesmo passo que uma produziria e disponibilizaria o seu trabalho no mercado, as outras também o fariam, onde efetuaríamos compras - com o que ganhamos com nosso trabalho - formando um elo econômico autogestionário.



Podem achar que isto é o que acontece hoje em dia, mas não é exatamente assim. É lógico que será em grandes proporções, grande escala, pois não existiriam somente três cooperativas. A diferença básica é que, com a ausência do capitalismo e do intervencionismo [2], os poderes ilícitos que impedem o povo se desenvolver sozinho, que são os patrões e as autoridades desnecessárias, seriam de fato abolidos. O trabalhador se regia sozinho, ele administraria seu trabalho e o fruto de seu trabalho em conjunto com aquele que formou a cooperativa, e com uma organização interna horizontal [3] e transparente [4], haveria a divisão dos gastos e a definição dos ganhos à cada trabalhador da cooperativa. Isso seria difícil de um extorquir dinheiro, uma vez que ninguém teria um cargo mais alto destinado à administração econômica.



O fluxo econômico seria sempre estável, pois não existiriam iniciativas privadas lançando créditos inexplicáveis e proporcionando, posteriormente, quedas vertiginosas da economia e deixando cada vez mais o povo na miséria. Em economia capitalista, uma economia louca que dizem que é natural, eu não tenho muita noção - e nem quero -, porém sabemos, temos a experiência do que a economia natural e harmônica nos proporciona. A moeda seria constantemente trocada (como no capitalismo), e, como não existiriam intenções de lucros exorbitantes (como no capitalismo), garantiria uma estabilidade econômica. Ora, é apenas uma moeda de troca, nada mais.



Chegou uma dúvida certa vez, que era "como, então, já em funcionamento tal economia, começar uma nova cooperativa?". Isto tomou-me certa dúvida, mas com certeza será esclarecido. Eu, a princípio, pensei que seriam doadas as bases para a criação, mas, como em uma empresa capitalista, a pessoa associara à uma cooperativa, organizaria suas economias, e formaria o projeto em conjunto com aqueles(as) que gostariam de começar um novo projeto, e com base no apoio-mútuo (já que seria de interesse geral a criação), começariam a nova cooperativa. Isso esquentaria a economia, daria mais uma alternativa de trabalho e mais uma alternativa de podermos ter algo que antigamente não tínhamos. Então, o incentivo das demais cooperativas é sempre necessário, mas não o principal.



Tais relações livres, proporcionariam ao trabalhador um certo prazer, primeiro por ele saber porque trabalha, para quem, e como; segundo por ele ter autonomia para trabalhar e decidir sobre seu trabalho; segundo por ele ter a convicção de que não está sendo extorquido, roubado, explorado, e que, o seu trabalho, que antes sustentava ele, os ricos e os políticos, agora está sustentando somente ele, ou seja, triplicando seus ganhos. Essa liberdade de associação, essa real liberdade, liberdade individual, garante uma igualdade social que nunca será estabelecida por uma ou milhares de leis burocráticas estatais. E é isso que vou condenar agora.



Tenho que esclarecer sobre a diferença ao socialismo autoritário. Difere, além da autoridade desnecessária já mencionada antes, na intervenção do Estado. O Estado, em lei, diz que garante a igualdade, mas fere a liberdade. Seria uma espécie de obrigação sermos iguais. Ganharíamos o mesmo, iríamos consumir o mesmo, tudo em administração do Estado. Isso, além de ferir a liberdade (como disse), e em conseqüência o povo, a autoridade intensa do Estado e dos chefes de estado, ou seja, os líderes, com toda certeza desencadearia em um abuso da direção sobre o povo, tornando este apenas uma marionete generalizada. Pois, a história nos mostra a verdade [5], e Bakunin já havia previsto a famosa "Burocracia Vermelha". Esta igualdade decretada como base a não-liberdade, a obrigação, é, sem dúvida, algo que nunca funcionará - ao meu ver, a liberdade individual garante a igualdade social -.



Não gosto e repudio a iniciativa privada, propriedade privada [6], mercado capitalista, lucro, patrão, Estado, autoridade, e as demais formas de maltratar a liberdade e a igualdade; que impedem que o povo se mova; que são ilegítimas e nojentas. LIBERDADE, SOLIDARIEDADE, IGUALDADE.



Neste estudo não foi abordado exatamente tudo, mas com o passar do tempo, vamos evoluíndo e desenvolvendo as idéias. Mas considero como base para uma nova era de pensamentos meus.


Notas:


[1] Por socialismo autoritário entendo o Estado que Marx propôs como um trajeto para efetuar a real emancipação do proletariado, onde tudo é estatizado e o grande leviatã tem a cooredanação e administração de todas as relações sociais (Rússia, Cuba).

[2] Intevenção do Estado sobre a economia e a política.

[3] Sem níveis hierárquicos.

[4] Todos com a capacidade de poderem ver o que se entra, sai, modifica na economia interna e ao mesmo passo decidirem como será a divisão do, podemos dizer, "lucro".

[5] Rússia, por exemplo.

[6] Moradia, alimento e vestimentas são essenciais ao indivíduo, há de serem garantidas para ele. As suas conquistas com base no trabalho - em sistema cooperativista - também têm de ser garantidas. Consideramos, nós, anarquistas, propriedade privada como a exploração do homem sobre o outro: grandes terras e meios de trabalho concentradas nas mãos de poucos, empresas privadas sendo propriedade do patrão e tornando o trabalhador apenas um mero assalariado, dentre outros fatores de exploração capitalista. A propriedade é um roubo!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Autogestão Para o Desenvolvimento


Segundo o livro didático Geografia: A construção do mundo - Geografia Geral e do Brasil; Editora Moderna Volume Único, "A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, no mundo inteiro, pelo menos cinco milhões de crianças morrem anualmente devido a doenaças provocadas pela ingestão de água contaminada por esgotos domésticos (tais como diarréia e cólera). No conjunto d mundo subdesenvolvido, cerca de 90% de todas as doenças infecciosas são transmitidas pela água. No Brasil, em 2004, 89% das pessoas hospitalizadas não possuíam acesso à água de boa qualidade.

[...]

De acordo com as estimativas da ONU, cada litro de água residual que retorna ao cilco, ou seja, é lançado sem tratamento em rios e lagos ou atinge os depósitos subterrâneos, contamina oito litros de água doce. [...] Milhões de pessoas em todo o mundo utilizam essa água poluída para suprir suas necessidades básicas: estima-se que cerca de 35%¨da população mundial não tenha acesso à água potável e 43% não contam com serviços adequados de saneamento básico."



O mundo vive, mesmo que a realidade pareca ser outra (devido à uma série de fatores que não vem ao caso, mas há de serem repudiados), uma calamidade social. A necessidade de uma gestão eficaz que supra as necessidades de todos é imensa. E somente quem tem a necessidade que tem a noção do que necessita e do que não necessita.


O Estado não tem base, não tem estrutura para suprir as necessidades de vida de cada um, principalmente vivenciando em meio à capitalização geral e busca de lucros à qualquer preço. Além do Estado ser corrupto por natureza, ele não é capaz de proporcionar uma vida dignia à todos os povos do mundo. Alguns países tem tal capacidade (como exemplo da Europa, os países de primeiro mundo), porém muitos outros, e a maioria, não o tem, gerando uma desigualdade visível e vivida por qualquer um, principalmente do que sofre, um exemplo nós, brasieliros. Não sofremos ainda com a escassez múltipla de água, porém muitos brasieliros já vivem na miséria, sem nenhuma base de vida, nenhum método de poder ter uma chance para viver dignamente. Além do Brasil, vários outros países sofrem, todos da África, e estamos cansados de saber. O capital e o Estado não têm capacidade de suprir as necessidades individuais!



O capital é um caso a parte: além de não ter capacidade, ele atrapalha. A divisão entre quem tem água para desfrutar, para quem não tem, se baseia no dinheiro. Isso é fácil de perceber, é fácil de notar. Tudo hoje, como foi dito anteriormente, é capitalizado, e dependendo de um mercado especulador, podemos morrer de fome, de sede, mas o mercado há de continuar intacto. A idéia de propriedade está mostrando todas suas garras e desgraças que tinha para mostrar. Proudhon já condenava-a, porém, creio eu, se ele vivenciaria como o mundo se transformou, ele hoje em dia cairia em uma profunda depressão. Isso é sério. A idéia de propriedade privada, a idéia de capital, a idéia de mercado de consumo, mercado de trabalho, é mais válida que a vida de milhões de pessoas.


Muitos dizem que sem dinheiro não compra, não bebe; muitos dizem que sem o Estado para administrar o mundo seria uma calamidade. Calamidade já é o que é hoje em dia. então por isso há a necessidade de uma autogestão e consciencia do povo, do trabalhador, para com ELE MESMO. O outro, assim como ele, também sofre necessidades brutais. Eles têm de se organizar, planejar o que é mais viável, melhor, gaste menos custo físico e emocional de trabalho e que gere um resultado imediato e favorável para ele e os demais necessitados. Não podemos esperar nada do governo; não podemos mais ter a fé na propriedade privada e no capital; estamos em um estado que é necessário os trabalhadores se organizarem mutualmente e com responsabilidades, tendo em vista a vida e a sobrevivência de cada um. Apartir daí, fluindo o desenvolvimento, amenizando a situação catastrófica, ele começa a almejar algo mais valioso, algo que venha a trazer mais, digamos, comodidade, e seguindo o modelo autogestionário e horizontal.


O trabalhador tem de usar tudo que necessita ao seu favor. Em uma situação dessa, onde a propriedade privada seria negada, o confisco de tecnologia que antes concentrava-se nas mãos de poucos que usufruiam somente à eles, gerando a desigualdade e as desgraças no mundo é mais que necessário: é uma questão de honra, um dever, é o contra-ataque do trabalhador explorado. Não tenho o pensamento esquerdista infantil de "tudo ao ploretariado", etc., até porque essas atitudes são demagogas e têm interesses políticos por trás, o que eu quero é a simples igualdade baseada na liberdade individual e autogestão; o que eu quero é a harmonia dos povos, o que eu quero é a justiça; o que eu quero é a anarquia.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A função do anarquista é lutar pela anrquia, e trazer adeptos faz parte da luta.

Se você conhecer alguém que se diz anarquista, e mau conhece da filosofia política, isso não é motivo para a isolar, para lhe considerar abaixo de você.



Ora, se uma pessoa se diz anarquista, há um motivo, e com certeza esse motivo é o primeiro, e o principal, mais audácio, mais revolucionário, o que Bakunin considera como "instinto natural do ser humano": a revolta.


Então, não seja um balde de água fria sobre o fósforo que se ascende, você, que já tem mais experiência, que conhece mais, que já é uma chama ascesa de resistência, sirva como orientador, utilize de sua chama para ajudar a encendiar com mais força, mais conhecimento, mais audácia, a pequena combustão do iniciante.



Há de desprezar aquele com cabeça fechada, idéia fixa, de que o governo e o Estado são necessários, mas, em conjunto com o desprezo, utilize de argumentos e fatos e faça-o cair em contradição. Estes sim há de desprezar e metaforicamente jogá-los no chão com argumentos. Já os iniciantes não, estes merecem RESPEITO, pois tiveram o mérito de saír da manipulação e da falácia idéia da "necessidade de autoridade".


A função do anarquista é lutar pela anrquia, e trazer adeptos faz parte da luta.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

CARTILHA DE ÓDIO






















































Para que?



É, eu odeio tudo, essa merda toda, essas desgraças todas, essa injustiça toda



Odeio o ser humano, fútil, acomodado, cúmplice, e filho da puta.



Tantas merdas na sua FRENTE, e o desgraçado nada vê.



O que será que faz abrir a cabeça?



Foda-se se ele tá "manipulado", e isso e aquilo.



Não é possível!



LAMENTÁVEL A VIDA, A REALIDADE.



VÃO TODOS TOMAR NO CENTRO DO CU. ISSO MESMO, NÃO É REBELDIA SEM CAUSA.



SE VOCÊ SOUBESSE UM POUCO, O MÍNIMO DO QUE EU PENSO, VOCÊS SERIAM ASSIM COMO EU.



VÃO TOMAR NO CU.


QUANDO O ÓDIO ESTOURAR ALÉM DO PENSAMENTO, IR PARA O MUNDO FÍSICO, VÃO SOFRER COM AS CONSEQÜÊNCIAS, COMPARADAS COM AS DE UM CACHORRO PRESO POR MUITO TEMPO E ESTE TEMPO LEVANDO PORRADA. SOLTEM-NO E SOFRERÁS. DEXEM-NO SAIR A FORÇA, FUGIR, E SOFRERÁS MAIS.


ESTAMOS TODOS ASSIM. NO MEIO DO QUE SOMOS CÚMPLICES. MAS QUEM É CÚMPLICE PREFERE NÃO FALAR SOBRE O CRIME QUE COMETE, NÃO É?

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Por que não para? Prefere não saber?


Assassinatos, fome, miséira, e o pior de tudo, CUMPLICIDADE.




Estão todos ao lado das virtudes do capitalismo, porém nada fazem.




Ora, eu não tenho nada a ver!




Um escritor teórico muito importante ao capitalismo, Ludwig Von Misses, já afirmava:




"A economia de mercado é o sistema social baseado na divisão do trabalho e na propriedade privada dos meios de produção. Todos agem por conta própria; mas as ações de cada um procuram satisfazer tanto as suas próprias necessidades como também as necessidades de outras pessoas. Ao agir, todos servem seus concidadãos. Por outro lado, todos são por eles servidos. Cada um é ao mesmo tempo um meio e um fim; um fim último em si mesmo e um meio para que outras pessoas possam atingir seus próprios fins." Ludwig von Mises, Ação Humana




Logo, você obrigatóriamente, e, naturalmente está associado à todos, mesmo não sabendo, ou mesmo pensando somente em você. O all star, o mc donalds, a coca-cola, a Vale, a jaqueta de pelo, ou de algodão, o seu trabalho cotidiano, etc., contribuem para toda essa merda do mundo.




Seu patrão lhe explora; o governo lhe mantêm ordem e lhe rouba; o Estado lhe oprime; os ricos empresários exploram da mão-de-obra infantil para gerar mais dinheiro; a criança (que poderia ser sua filha) entra na vida das drogas; você nada faz.




Algo em comum?




Você vê, você escuta e você pode falar.




MAS VOCÊ NÃO QUER VER, NÃO QUER ESCUTAR E MUITO MENOS FALAR.




Se o político ou o banqueiro roubam milhões, foda-se, não podemos fazer nada.




Se amanhã é o carnaval, vamos! Vamos encher o cu de bebida, nos alimentar de felicidade, fazer orgias diferentes, ficar na rua até na madruga, ver na Globo as escolas de carnaval.




O carnaval mata a fome? Ele acaba com a violência? Ele se quer, não lhe deixa mais cúmplice?




Vamos usar quicksilver, lost, billabong, nike, adidas, o caralho a quatro, e financiar a indústria de exploração infantil.




Vamos assistir à Globo e nos manter cada vez mais parasitas, sem capacidade de raciocinar, e manipulados.




Vamos comprar mais celulares, mais TV's de plasma, mais tecnologia, e também financiar a quase exploração da mão-de-obra brasileira e o lucro das grandes multinacionais, para cada vez mais poluir os ares, os rios, etc.




VAMOS, VAMOS! SEJAMOS CÚMPLICES, PORÉM ESTAREMOS NO NÍVEL DE PESSOAS LEGAIS E DE NORMALIDADE QUE SÃO CONCEBIDOS PELOS CONCEITOS E OS VALORES SOCIAIS!




Vamos!




Vamos fugir da realidade, vamos seguir a sociedade!




Vamos ser cúmplices das desgraças pelo mundo a fora!




Vamos ser mais um tijolo, mais uma peça despresível e necessária ao sistema!




VAMOS, PESSOAS!




Oras, somos normais, não é?




Aquele que luta contra a manipulação e o sistema é o louco, idiota, rebelde!




Aquele que aceita os valores é o legal, o bacana, quem tem status!




PREFERIMOS NÃO SABER!







Pense.




Por que você não para e diz: NÃO, NÃO SOU MAIS CÚMPLICE, E NUNCA SEREI; NÃO POSSO ACEITAR ISSO.




POR QUE VOCÊ NÃO PARA?

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Anarquistas são acomodados e inúteis?


Anarquistas são aqueles acomodados, bêbados, que não querem e não têm condições de produzir nada?



Tenho todo o prazer de contradizer quem afirma esta falácia.
O sistema onde podemos nos acomodar, viver sugando do trabalho alheio, sem nada produzir, é no capitalismo. Oras, o crédito é ao capital, posso muito bem roubar, viver de esmolas, e não produzir nada, posso muito bem sugar o capital alheio (que é o crédito do trabalho alheio) e ter condições de viver. O patrão é outro que, a partir do momento que para de trabalhar como um assalariado, e torna-se patrão, passa a ganhar sobre o trabalho alheio. Dois exemplos que introduzem (e muito bem) o FATO que leva essas falácias à contradição.



Em anarquia, para evoluir, tanto indivudualmente quanto coletivamente, é necessário trabalhar e produzir. Porém há diferenças entre o trabalhar/produzir anarquista para o trabalhar/produzir capitalista. O trabalhar/produzir capitalista não passa de uma chantagem para a própria sobrevivência, isto é, o lucro de seu trabalho vai para outro(s), e seus reais frutos do trabalho, o trabalho concluído e o capital, não são distribuídos justamente. Em anarquia o incentivo é imenso pois ela tem prazer de trabalhar e de evoluir o trabalho, porque sabe que vai DIRETAMENTE para ela, e INDIRETAMNETE para todos os indivíduos, e também sabe que ocorre isto também com o outro trabalhador. Então a base é o trabalho e o prazer de trabalhar, o prazer de produiz com a consciência de que não é feito através da chantagem, da submissão, e sim do progresso dele e da comunidade.



Ora, em anarquia o excencial é o trabalho. No capitalismo, o excencial é o capital.



Quem são os acomodados, que não querem e não têm condições de produzir nada?

sábado, 11 de outubro de 2008

Sistema Contra o Próprio Sistema


Muitos anarquistas se esforçam ao máximo para não usar o que o sistema usa, isto é, meios e coisas que servem para fortalecer o capitalismo. Não podemos ser tão radicais, que usemos também em prol de nós.


Não é porque é de uso de manipulação ao capitalismo que não devemos usar, pelo contrário, usemos em prol de nossa luta, sejamos mais inteligentes que o sistema.


Um exemplo: Tecnologia.


Um intenso meio de manipulação capitalista, inclusão digital, falsa idéia de "luxo" possuír vários objetos de "última tecnologia", etc. E, por isso devemos nos distanciar da tecnologia?


A tecnologia é nos importante tanto no meio de propaganda, conscientização e emancipação popular, tanto no nosso cotidiano (ora, a tecnologia é um bem que o humano desenvolve. Ele tem mérito de poder desenvolver coisas em prol a ele, logo, é legal sim a tecnologia).

Podemos usar a tecnologia como um meio alternativo para divulgação dos nossos ideais, para unirmos forças em várias partes do mundo, para arquivarmos nossos artigos, para distribuição de informações, etc. Essa tecnologia que serve como meio de manipulação do capitalismo nos é super importante.


O sistema contra o própiro sistema.


O sistema quer que nós pensamos assim, quer nosso boicote aos meios que ele usa como manipulação, e isso torna cada vez mais difícil a realização dos nossos ideais, porque sempre alguma coisa está sendo usada como meio de manipulação.


Sejamos mais espertos que o sistema, usemos de seu meio de manipulação ao nosso favor, e isso também influencia na redução de manipulação e no crescimento de meios alternativos a cada produto que dizem ser "manipulador".


Há vários meios de usarmos o sistema contra ele mesmo, basta sermos inteligentes e hábeis.


Em prol da anarquia, tudo nos é possível, tudo nos é importante!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Nacionalismo (?)

Muito se dizem nacionalistas algumas pessoas, que amam o país, etc.


E, o que amam? O que é país?


O que é uma nação?


Perguntas que nunca me responderam.


País, nação, divisões imaginárias que só tendem à discussões, brigas, mortes, guerras, etc. E ainda amam?


Jesus é judeu; O papel e a pólvora são chineses; o café dá no Brasil; os grandes filósofos são gregos; tudo é espalhado, tudo é mundial. E, ainda amam uma única nação? Odeiam o "vizinho"?


E outra.


Em uma guerra traçada entre Brasil e Bolívia, suponhamos.


O presidente brasileiro declara guerra à Bolívia. Aí os nacionalistas iriam à guerra defender a nação amada. Mas, é a nação que está em guerra? Foi a nação que entrou em guerra, ou o desacerto dos presidentes?


Eles então amam o governo, e não a "nação".


Dizem que a polícia e o exército fortes propõem a ordem na nação; querem a morte dos traficantes; etc. Mas, já olharam que estes "criminosos" foram criados pelo sistema? Já pararam para perceber como entraram na vida do crime?


Ninguém nasce santo ou ruim, e é por isso que são influenciados. Os criminosos se tornaram criminosos por algum motivo: bom não é.


Então, a nação amada, o que ajuda para tirar seus filhos da vida criminosa?


Ah, é, os mata, os reprime.


Olha, os nacionalistas gostam tanto de encherem o saco dos anarquistas, comunistas, o que for, porque temos idéias contrárias. Eu defendo a liberdade de serem nacionalistas, enquanto não interfiram na minha liberdade através do desrespeito. Se preocupam tanto em chingar anarquistas, chamar de baderneiros, desordeiros, até mesmo tentar bater, oprimir a liberdade. E, o que isso melhora em uma nação que passa fome, sofre com a criminalização?


Será que eles não gostam de mulheres não? (olha que ainda são homofóbicos).


Vão escutar um Raul Seixas e se libertarem dessa vidinha de honrador da pátria, sair desse mundinho fechado, se libertarem antes de tudo, vivam a vida intensamente, em harmonia com todos independentemente de divisões mirabolantes, de dinheiro, de preconceito, etc.
E outra.

Se amam a nação, vão caçar políticas sociais para ajudar os filhos da nação que sofrem, que a nação os fez sofrer, e esqueçam os anarquistas - sendo estes que fazem ações em prol da justiça, liberdade e igualdade -.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Manual contra a depressão - Terapia musical

Bob Marley

Raul Seixas

Bezerra da Silva



por que?



Bob marley te acalma e lhe faz exaltar prazer, raul lhe deixa doidinho, já dá uma animada, e bezerra, com seu samba raíz, lhe deixa as pampa!

Um Novo Mundo

Você já imaginou um mundo onde vivêssemos de verdade, não essa falsa vida que só nos corroi, onde não estaríamos sujeitos a deveres, chantagens, obrigações, opressões, "estudos", trabalhos, pressões, tédios, e para depois termos o "direito" de um pouco de distração - sendo que liberdade mesmo não é direito de ninguém -; um mundo onde exaltássemos prazer ao infinito, onde gozássemos da liberdade e harmonia, de consciência leve sabendo que o seu irmão está bom tanto quanto você; um mundo onde a liberdade individual andasse ao mesmo passo do respeito, onde viveríamos em pequenas sociedades, não essas imensas e assustadoras cidades “globalizadas”, lotadas de prédios, edificações que nos trazem idéia de sujo, estragado, essa visão constante do negativo; que nelas existem milhões de carros buzinando, pessoas correndo, umas sendo atropeladas, outras morrendo de fome, outras oprimindo outras, umas matando aquelas, essas com inveja dessas; e outras, como eu, e como você, agora, que acompanha este texto, almejam a liberdade.




Um mundo onde tudo seria da mais pura natureza de ser e de estar, a harmonia natural, a ordem natural, a música, a arte, a real educação, os demais animais, o sol, a praia, o mar, os campos, as florestas, as pessoas, os amores, as liberdades, a lua, o céu, enfim, a liberdade natural!




Já imaginou um mundo, acima de tudo, habitado por respeitos e responsabilidades, apoios e solidariedades, harmonias e fraternidades? Já imaginou um mundo, de liberdades e igualdades?

Já to cansando...

Não to afim mais de ser sujeitado a deveres, chantagens, obrigações, opressões, estudos malditos, pressoes, tédios, e para depois eu ter o "direito" de um pouco de distraçao, mas liberdade mesmo não é direito de ninguém.


vei, aproveito os momentos sozinhos para ficar assim porque é a única hora pra sentir o tedio, vc acredita?



vc acredita que até para sentir tédio não temos tempo?



Que se foda tambem, nao vou escrever certo nao.


Raiva total.

sábado, 4 de outubro de 2008

A Revolução só é Possível com a Conscientização

Revolução não é um ato que alguém a faz, a dirige, quando bem querer, quando achar melhor. Não. Uma revolução anarquista será de fato uma revolução bem sucedida, porque para esta realizar só é possível através da conscientização popular, ou seja, só é possível do povo, pelo povo.






Uma revolução anarquista não visa um pós-estado ditatorial, então não quer chegar à autonomia através do poder; uma revolução anarquista não é reformista, pois acreditamos e temos a convicção que o governo é corrupto, corrosivo, e apenas interfere na liberdade individual; a revolução anarquista é algo além. Assim como Errico Malatesta já havia dito, para vivermos em anarquia há de sabermos ser anarquistas. E a revolução anarquista é feita por indivíduos conscientizados pelo ideal revolucionário de emancipação popular, e pelo ideal libertário e autônomo de nos organizarmos em uma sociedade anarquista.






Então, é possível eclodir uma revolução anarquista em três aspectos:




Se nossa propaganda for intensa, trazendo adeptos ao ideal revolucionário libertário, ou mesmo não necessariamente apenas trazê-los, mas disponibilizar o ideal no cérebro do conformado, informação no desinformado e auto-estima no derrotado, fazendo com que estes não ridicularizem ou tenham uma visão de baderneiros, vagabundos dos anarquistas. E essa propaganda, além de distribuir informações do nosso cotidiano corroído, dessa injustiça em que vivemos, e aplicando o ideal anarquista, através do diálogo, através de mutirões organizados de propaganda, dentre outros meios que possam ser pensados pelos anarquistas, como também praticar a anarquia hoje em dia, isto é, praticar a autogestão. Criar pequenos núcleos “autogestionados” como exemplo da possível existência de uma sociedade anarquista, sem a necessidade de Estado, governo, leis, autoridade, etc., somado com a propaganda do diálogo, dos mutirões (já ditos acima), fazendo o indivíduo pensar mais sobre o assunto, ter um raciocínio além das fronteiras decretadas pelas autoridades, pelos governantes, e é o que elas não querem, elas não querem os indivíduos raciocinando. Querem encher o ser humano de falsas concepções, de culturas medíocres, de falso luxo, falsa felicidade, falsa liberdade. Outras idéias de propagandas são bem-vindas, restringir à uma, ou à outra, ou seria mais difícil, ou fracassaríamos. As idéias de propaganda do ideal giram em torno uma das outras, sempre uma irá completar a outra, e vice-versa, como exemplo a propaganda de diálogos, mutirões, que somados com a aplicação da autogestão, são mais precisas e mais eficazes que apenas uma; somente os diálogos e mutirões seria muito esforço para pouca repercussão, mobilização e desenvolvimento do raciocínio; somente a aplicação da autogestão seria fraco, pois são pequenos núcleos, e, a única forma de propaganda seria a mídia capitalista, a qual iria somente dizer mau, ou nem tocar no assunto. Então, mais e mais idéias de propaganda são bem-vindas e necessárias para uma boa mobilização popular.






Se, através da propaganda, nós vermos que houve uma favorável mobilização popular, e várias pessoas se aderiram, ou mesmo deixaram de descriminalizar e passaram a apoiar, seja da forma que for, podemos aplicar a ação-direta como um passo à revolução. Até na ação-direta devem ser aplicadas as propagandas - propaganda é algo especialmente necessário em qualquer das hipóteses, compreendendo como propaganda pós, ao decorrer e pró ação-direta como conscientização sobre o porquê que estaríamos fazendo tal ato -. A ação-direta deve ter toda uma organização para praticarmos o ato com excelência, e ter toda a tática de militância no ato, como precauções, mais de um plano para orientar a ação, etc. Depois de intensas ações-diretas, com toda certeza de repressão policial, com base na propaganda de descriminalização do Estado pelo povo, sendo aquele um órgão opressor, falso-democrático, quem já apoiaria o ato cresceria sua revolta, quem ainda não apoiava, seria mais um motivo para apoiar, e nos fortificar cada vez mais.






Com base nesses dois métodos pré-revolucionários (até em outros meios de organização e prática emancipacionista), e revoltando cada vez mais o povo, a revolução estaria cada vez mais perto, porém não tão perto, ainda um pouco longe. E para chegarmos lá, todo esse processo há de ser realizado, e ambos métodos serão realizados a longo prazo, e é por isso que há a necessidade de entregarmos nossas vidas para a luta pela nossa emancipação. Os métodos pré-revolucionários resultarão na revolução somente se estiverem em completa e natural harmonia, não restringindo à uns, ou à outros; dessa forma, a revolução não triunfará.






Apenas com o povo conscientizado sobre as questões sociais atuais, e como poderíamos viver na democracia-direta, autogestão, com responsabilidade, respeito, e consciência de que o apoio-mútuo nos faz progredir mais que a luta-mútua, é que a chama de revolta do povo se ascenderá, e seremos, uns e os outros, nós, o povo, seremos a nossa lenha, para a chama crescer e destruir os órgãos opressores, os castelos de gelo produzidos com nossos antigos pensamentos, culturas, e idéias fúteis de relacionamento.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Ensine, eduque

"Se deres um peixe a um homem, ele alimentar-se-á uma vez; se o ensinares a pescar, alimentar-se-á durante toda a vida.





Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota.





Qual é o lugar do homem? Onde os seus irmãos precisarem dele."




Anônimo

sábado, 13 de setembro de 2008

Anarquia é a Justiça

Dizer que anarquia é inviável porque regressa em questões econômicas é hipocrisia.



O que é inviável é vivermos sempre na desigualdade e sem liberdade, o que é inviável é termos que sempre nos submeter à um lider, por mais que seja seu trono apoiado uma vontade geral*, o que é inviável é nos relacionarmos através do capital que rouba o crédito do trabalho.

E, mesmo que anarquia seja regresso de economia, qual o problema? Não queremos mais idéias loucas econômicas, que tais sempre tendem à desigualdade (mesmo sendo ela jurada pela lei), burocracia. Queremos a igualdade, queremos a liberdade, o respeito, a paz, que nunca foram aplicadas realmente.

Não sobreponho questão de economia e outras idéias criadas pelo ser humano sobre a igualdade, sobre a lei natural.

Oras, se vamos regressar em relação à isso, o que não tem nada de mau - pelo contrário - vamos progredir em relação à direitos naturais (que nunca progrediu de fato). Anarquia não passa de Justiça.

Esquecem a justiça e pensam em idéias hipócritas.

Na minha concepção, é hipócrita aquele que coloca idéias sobre ele mesmo.





* Vontade Geral segundo Rousseau - Ver: O Contrato Social