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Emma Goldman

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Autogestão Para o Desenvolvimento


Segundo o livro didático Geografia: A construção do mundo - Geografia Geral e do Brasil; Editora Moderna Volume Único, "A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, no mundo inteiro, pelo menos cinco milhões de crianças morrem anualmente devido a doenaças provocadas pela ingestão de água contaminada por esgotos domésticos (tais como diarréia e cólera). No conjunto d mundo subdesenvolvido, cerca de 90% de todas as doenças infecciosas são transmitidas pela água. No Brasil, em 2004, 89% das pessoas hospitalizadas não possuíam acesso à água de boa qualidade.

[...]

De acordo com as estimativas da ONU, cada litro de água residual que retorna ao cilco, ou seja, é lançado sem tratamento em rios e lagos ou atinge os depósitos subterrâneos, contamina oito litros de água doce. [...] Milhões de pessoas em todo o mundo utilizam essa água poluída para suprir suas necessidades básicas: estima-se que cerca de 35%¨da população mundial não tenha acesso à água potável e 43% não contam com serviços adequados de saneamento básico."



O mundo vive, mesmo que a realidade pareca ser outra (devido à uma série de fatores que não vem ao caso, mas há de serem repudiados), uma calamidade social. A necessidade de uma gestão eficaz que supra as necessidades de todos é imensa. E somente quem tem a necessidade que tem a noção do que necessita e do que não necessita.


O Estado não tem base, não tem estrutura para suprir as necessidades de vida de cada um, principalmente vivenciando em meio à capitalização geral e busca de lucros à qualquer preço. Além do Estado ser corrupto por natureza, ele não é capaz de proporcionar uma vida dignia à todos os povos do mundo. Alguns países tem tal capacidade (como exemplo da Europa, os países de primeiro mundo), porém muitos outros, e a maioria, não o tem, gerando uma desigualdade visível e vivida por qualquer um, principalmente do que sofre, um exemplo nós, brasieliros. Não sofremos ainda com a escassez múltipla de água, porém muitos brasieliros já vivem na miséria, sem nenhuma base de vida, nenhum método de poder ter uma chance para viver dignamente. Além do Brasil, vários outros países sofrem, todos da África, e estamos cansados de saber. O capital e o Estado não têm capacidade de suprir as necessidades individuais!



O capital é um caso a parte: além de não ter capacidade, ele atrapalha. A divisão entre quem tem água para desfrutar, para quem não tem, se baseia no dinheiro. Isso é fácil de perceber, é fácil de notar. Tudo hoje, como foi dito anteriormente, é capitalizado, e dependendo de um mercado especulador, podemos morrer de fome, de sede, mas o mercado há de continuar intacto. A idéia de propriedade está mostrando todas suas garras e desgraças que tinha para mostrar. Proudhon já condenava-a, porém, creio eu, se ele vivenciaria como o mundo se transformou, ele hoje em dia cairia em uma profunda depressão. Isso é sério. A idéia de propriedade privada, a idéia de capital, a idéia de mercado de consumo, mercado de trabalho, é mais válida que a vida de milhões de pessoas.


Muitos dizem que sem dinheiro não compra, não bebe; muitos dizem que sem o Estado para administrar o mundo seria uma calamidade. Calamidade já é o que é hoje em dia. então por isso há a necessidade de uma autogestão e consciencia do povo, do trabalhador, para com ELE MESMO. O outro, assim como ele, também sofre necessidades brutais. Eles têm de se organizar, planejar o que é mais viável, melhor, gaste menos custo físico e emocional de trabalho e que gere um resultado imediato e favorável para ele e os demais necessitados. Não podemos esperar nada do governo; não podemos mais ter a fé na propriedade privada e no capital; estamos em um estado que é necessário os trabalhadores se organizarem mutualmente e com responsabilidades, tendo em vista a vida e a sobrevivência de cada um. Apartir daí, fluindo o desenvolvimento, amenizando a situação catastrófica, ele começa a almejar algo mais valioso, algo que venha a trazer mais, digamos, comodidade, e seguindo o modelo autogestionário e horizontal.


O trabalhador tem de usar tudo que necessita ao seu favor. Em uma situação dessa, onde a propriedade privada seria negada, o confisco de tecnologia que antes concentrava-se nas mãos de poucos que usufruiam somente à eles, gerando a desigualdade e as desgraças no mundo é mais que necessário: é uma questão de honra, um dever, é o contra-ataque do trabalhador explorado. Não tenho o pensamento esquerdista infantil de "tudo ao ploretariado", etc., até porque essas atitudes são demagogas e têm interesses políticos por trás, o que eu quero é a simples igualdade baseada na liberdade individual e autogestão; o que eu quero é a harmonia dos povos, o que eu quero é a justiça; o que eu quero é a anarquia.

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