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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Economia Anarquista


No texto "Sistema de Trocas em Ordem Natural", que publiquei neste blog em agosto de 2008, eu propus algo já proposto por Proudhon, porém bem menos desenvolvido, que é o contrato social como base das relações. Eu ainda cheguei a mencionar "Este é meu início do estudo e pensamento econômico. Espero que não assustem caso eu mude de opinião tão fácil, o que pode ser muito improvável." Pois é, estou aqui propondo outro sistema de troca, agora baseado em uma moeda para a organização e estabilidade da economia e das relações sociais, muito distante da economia capitalista e da economia socialista autoritária [1].



É muito importante realçar que a economia capitalista baseia-se não só no capital, mas também - e estes com mais importância - na propriedade privada, na concorrência de mercado, iniciativa privada, trabalho assalariado (relações patrão x trabalhador), tendo consequências tais como ganância, exploração, desigualdades - que, como outra consequência, crimes, assaltos, assassinatos, sequestros -, etc. É claro, tudo gira em torno do capital. Mas não é correto afirmar que uma economia com moeda de trocas é obviamente "capitalismo". Por exemplo, no socialismo autoritário, mesmo sendo algo que é em todos os aspectos e em suas raízes ideológicas contra o capitalismo, há a moeda de trocas.



A minha concepção baseia-se e uma estabilidade proporcionada devido à queda do capitalismo e do Estado interferindo nas relações do povo, dos indivíduos. A organização do trabalho seria feita pelos próprios trabalhadores - ora, se no capitalismo, que é super concorrido, eles sustentam eles próprios, os burgueses, e os políticos, porque em estado de autogestão e realização do trabalho com menos carga horária e stress eles não se sustentariam? -, ou seja, continuariam os trabalhadores a trabalhar, a exercer sua função na sociedade, formando cooperativas, para substituir as empresas. As empresas capitalistas são formadas pelo patrão e pelos trabalhadores, e os trabalhadores gerando a riqueza para o patrão e tirando o seu sustento; as cooperativas, uma vez que não possuem níveis hierárquicos econômicos, ou seja, não possuem patrão, os trabalhadores iriam administrar a carga horária e o que gerou de trabalho e troca no - por exemplo - mês. As cooperativas, em questão de relação, funcionariam semelhante às empresas que tanto conhecemos: efetuariam e estabeleceriam os preços dos resultados do trabalho, colocariam no mercado, ao mesmo passo que as outras fariam o mesmo. Por exemplo: temos a cooperativa alimentícia, a cooperativa de água, e a de vestimentas. Ao mesmo passo que uma produziria e disponibilizaria o seu trabalho no mercado, as outras também o fariam, onde efetuaríamos compras - com o que ganhamos com nosso trabalho - formando um elo econômico autogestionário.



Podem achar que isto é o que acontece hoje em dia, mas não é exatamente assim. É lógico que será em grandes proporções, grande escala, pois não existiriam somente três cooperativas. A diferença básica é que, com a ausência do capitalismo e do intervencionismo [2], os poderes ilícitos que impedem o povo se desenvolver sozinho, que são os patrões e as autoridades desnecessárias, seriam de fato abolidos. O trabalhador se regia sozinho, ele administraria seu trabalho e o fruto de seu trabalho em conjunto com aquele que formou a cooperativa, e com uma organização interna horizontal [3] e transparente [4], haveria a divisão dos gastos e a definição dos ganhos à cada trabalhador da cooperativa. Isso seria difícil de um extorquir dinheiro, uma vez que ninguém teria um cargo mais alto destinado à administração econômica.



O fluxo econômico seria sempre estável, pois não existiriam iniciativas privadas lançando créditos inexplicáveis e proporcionando, posteriormente, quedas vertiginosas da economia e deixando cada vez mais o povo na miséria. Em economia capitalista, uma economia louca que dizem que é natural, eu não tenho muita noção - e nem quero -, porém sabemos, temos a experiência do que a economia natural e harmônica nos proporciona. A moeda seria constantemente trocada (como no capitalismo), e, como não existiriam intenções de lucros exorbitantes (como no capitalismo), garantiria uma estabilidade econômica. Ora, é apenas uma moeda de troca, nada mais.



Chegou uma dúvida certa vez, que era "como, então, já em funcionamento tal economia, começar uma nova cooperativa?". Isto tomou-me certa dúvida, mas com certeza será esclarecido. Eu, a princípio, pensei que seriam doadas as bases para a criação, mas, como em uma empresa capitalista, a pessoa associara à uma cooperativa, organizaria suas economias, e formaria o projeto em conjunto com aqueles(as) que gostariam de começar um novo projeto, e com base no apoio-mútuo (já que seria de interesse geral a criação), começariam a nova cooperativa. Isso esquentaria a economia, daria mais uma alternativa de trabalho e mais uma alternativa de podermos ter algo que antigamente não tínhamos. Então, o incentivo das demais cooperativas é sempre necessário, mas não o principal.



Tais relações livres, proporcionariam ao trabalhador um certo prazer, primeiro por ele saber porque trabalha, para quem, e como; segundo por ele ter autonomia para trabalhar e decidir sobre seu trabalho; segundo por ele ter a convicção de que não está sendo extorquido, roubado, explorado, e que, o seu trabalho, que antes sustentava ele, os ricos e os políticos, agora está sustentando somente ele, ou seja, triplicando seus ganhos. Essa liberdade de associação, essa real liberdade, liberdade individual, garante uma igualdade social que nunca será estabelecida por uma ou milhares de leis burocráticas estatais. E é isso que vou condenar agora.



Tenho que esclarecer sobre a diferença ao socialismo autoritário. Difere, além da autoridade desnecessária já mencionada antes, na intervenção do Estado. O Estado, em lei, diz que garante a igualdade, mas fere a liberdade. Seria uma espécie de obrigação sermos iguais. Ganharíamos o mesmo, iríamos consumir o mesmo, tudo em administração do Estado. Isso, além de ferir a liberdade (como disse), e em conseqüência o povo, a autoridade intensa do Estado e dos chefes de estado, ou seja, os líderes, com toda certeza desencadearia em um abuso da direção sobre o povo, tornando este apenas uma marionete generalizada. Pois, a história nos mostra a verdade [5], e Bakunin já havia previsto a famosa "Burocracia Vermelha". Esta igualdade decretada como base a não-liberdade, a obrigação, é, sem dúvida, algo que nunca funcionará - ao meu ver, a liberdade individual garante a igualdade social -.



Não gosto e repudio a iniciativa privada, propriedade privada [6], mercado capitalista, lucro, patrão, Estado, autoridade, e as demais formas de maltratar a liberdade e a igualdade; que impedem que o povo se mova; que são ilegítimas e nojentas. LIBERDADE, SOLIDARIEDADE, IGUALDADE.



Neste estudo não foi abordado exatamente tudo, mas com o passar do tempo, vamos evoluíndo e desenvolvendo as idéias. Mas considero como base para uma nova era de pensamentos meus.


Notas:


[1] Por socialismo autoritário entendo o Estado que Marx propôs como um trajeto para efetuar a real emancipação do proletariado, onde tudo é estatizado e o grande leviatã tem a cooredanação e administração de todas as relações sociais (Rússia, Cuba).

[2] Intevenção do Estado sobre a economia e a política.

[3] Sem níveis hierárquicos.

[4] Todos com a capacidade de poderem ver o que se entra, sai, modifica na economia interna e ao mesmo passo decidirem como será a divisão do, podemos dizer, "lucro".

[5] Rússia, por exemplo.

[6] Moradia, alimento e vestimentas são essenciais ao indivíduo, há de serem garantidas para ele. As suas conquistas com base no trabalho - em sistema cooperativista - também têm de ser garantidas. Consideramos, nós, anarquistas, propriedade privada como a exploração do homem sobre o outro: grandes terras e meios de trabalho concentradas nas mãos de poucos, empresas privadas sendo propriedade do patrão e tornando o trabalhador apenas um mero assalariado, dentre outros fatores de exploração capitalista. A propriedade é um roubo!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Fim do capital! Total crédito ao trabalho!

Não há necessidade nem é viável a existência da moeda de trocas, do capital: não é necessário tudo que, tenha valor útil, tenha valor de troca medido por economias.

O capital em sí é um roubo, é explorador!

Trabalho gera o capital que por sua vez facilitaria o sistema de trocas. Então, o crédito, indiretamente ou diretamente, se tende ao capital, o que não é justo. Não se deve existir crédito ao capital, somente ao trabalho.

O ploretário trabalha, e o patrão, que não trabalha, o paga.

Mentira!

O trabalhador paga ao patrão, não o inverso.

O trabalhador, através de sua obra realizada, gera N de arrecadamento por mês, que todo o arrecadamento vai ao patrão: este, então, separa uma parte para ele mesmo, o lucro; outra para as necessidades do trabalho; e outra para o trabalhador, o "pagamento"; sendo que o próprio trabalhador deveria gerenciar o capital, que por sua vez gerou o crédito, que foi arrecadado.

Então, gerou N, que é igual a x+y+z, sendo x as necessidades para o trabalho, y o que o trabalhador ganha, e z o lucro do proprietário(!). Então, o lucro não passa de uma taxa que o próprio trabalhador pagou ao patrão, sem este ter produzido absolutamente nada!

"Com efeito, para que as condições fossem iguais, nesta hipótese da separação do trabalho e capital, seria preciso que, como o capitalista se desenvolve através do capital, sem trabalhar, também o trabalhador pudesse se desenvolver atravéz de seu trabalho, sem o capital. Ora, não é que acontece."

Proudhon



Como, em apenas uma moeda de troca, pode haver crédito? O que ela faz de produtivo?



Eis um dos motivos do crédito do capital ser um roubo!



O crédito do capital só gera desigualdade e intensas injustiças.



Não temos a necessidade de uma moeda de trocas.



A idéia do Contrato social exclui aquela do governo [...], e do capital também!



Proudhon já afirmava isso, sem complementar sua frase.



Total crédito ao trabalho, que por sua vez não passa de crédito natural, crédito justo!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Sistema de Trocas em Ordem Natural

Contrato Social, onde duas pessoas fariam um acordo, sem burocracia, mas sim com responsabilidade, respeito, apoio - mutuo, o qual sustentasse um a necessidade do outro, e assim formariam vários Contratos, formando um elo federativo entre todas sociedades.

Isso já exclui a idéia de alguma instituição para governar tal sociedade, e trás a real liberdade e igualdade, que tanto lutam, pois, para viver em liberdade, enfim, com leis naturais, precisa de uma lei natural, uma das mais importantes, a Responsabilidade.

E se a pessoa não respeitar tal contrato? Seria excluída?

Não é que a pessoa seja excluída completamente da sociedade. Se fosse assim, tal sociedade seria corrompida em leis externas, as mínimas que fossem, o contrato se resumiria em um mini-estado. A questão não é que tal indivíduo, ao faltar com a responsabilidade, seja excluído, mas sim que ele auto-exclui. O elo federativo que o contrato social cria naturalmente entre a sociedade, e faz com que todos participem da evolução, é naturalmente exercido pelas leis naturais, principalmente a Responsabilidade. Então, como o contrato é mantido pelas leis naturais, quem for que não aceitá-las, simplesmente não aceitaria a mínima e mais forte organização, a organização natural, e ele auto-excluiria, como disse antes, mas com todo o direito de voltar.

Podemos tomar como exemplo uma roda de ciranda, estão as crianças de mãos dadas girando ao mesmo passo, e uma resolve sair, dar um passo atrás, e girar em sentido anti-horário. Simplesmente, haveria uma falha na roda, a qual poderia se auto-organizar novamente devido à intensa ajuda-mútua, e, caso o indivíduo quisesse voltar, voltaria ao seu lugar, e exerceria o seu cargo e sua posse do mesmo modo.

Por isso a responsabilidade é o fato principal: Algo assim, poderia haver uma falha na roda de ciranda, e a roda perder o equilíbrio e a velocidade, tornando-a vulnerável.

Isso pode acontecer não somente na Anarquia, quanto em qualquer outro sistema de trocas: Um exemplo é hoje, o atual sistema capitalista, alguém não concorda com o contrato, falta com a responsabilidade, tal área é muito prejudicada. Mas nesse sistema a multa é exorbitante, não só em dinheiro, mas sim em outras várias questões, como a falta de confiança. Em anarquia somente a falta de confiança, que por sua vez, confiança é uma lei natural, ela perdida resultaria em mais uma quebra da ordem natural, e essa pessoa poderia ser mais prejudicada. Mas, sabemos que a atitude em Anarquia, esta refletida totalmente à real educação, é completamente diferente da do sistema capitalista, onde há a educação forjada, de comércio, de luxo, de ganância.

Este é meu início do estudo e pensamento econômico. Espero que não assustem caso eu mude de opinião tão fácil, o que pode ser muito improvável.