"VOCÊ NÃO QUER VER, NÃO QUER ESCUTAR E MUITO MENOS FALAR"
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«Se VOTAR mudasse alguma coisa, o VOTO já teria sido banido.»
Emma Goldman

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Por que não para? Prefere não saber?


Assassinatos, fome, miséira, e o pior de tudo, CUMPLICIDADE.




Estão todos ao lado das virtudes do capitalismo, porém nada fazem.




Ora, eu não tenho nada a ver!




Um escritor teórico muito importante ao capitalismo, Ludwig Von Misses, já afirmava:




"A economia de mercado é o sistema social baseado na divisão do trabalho e na propriedade privada dos meios de produção. Todos agem por conta própria; mas as ações de cada um procuram satisfazer tanto as suas próprias necessidades como também as necessidades de outras pessoas. Ao agir, todos servem seus concidadãos. Por outro lado, todos são por eles servidos. Cada um é ao mesmo tempo um meio e um fim; um fim último em si mesmo e um meio para que outras pessoas possam atingir seus próprios fins." Ludwig von Mises, Ação Humana




Logo, você obrigatóriamente, e, naturalmente está associado à todos, mesmo não sabendo, ou mesmo pensando somente em você. O all star, o mc donalds, a coca-cola, a Vale, a jaqueta de pelo, ou de algodão, o seu trabalho cotidiano, etc., contribuem para toda essa merda do mundo.




Seu patrão lhe explora; o governo lhe mantêm ordem e lhe rouba; o Estado lhe oprime; os ricos empresários exploram da mão-de-obra infantil para gerar mais dinheiro; a criança (que poderia ser sua filha) entra na vida das drogas; você nada faz.




Algo em comum?




Você vê, você escuta e você pode falar.




MAS VOCÊ NÃO QUER VER, NÃO QUER ESCUTAR E MUITO MENOS FALAR.




Se o político ou o banqueiro roubam milhões, foda-se, não podemos fazer nada.




Se amanhã é o carnaval, vamos! Vamos encher o cu de bebida, nos alimentar de felicidade, fazer orgias diferentes, ficar na rua até na madruga, ver na Globo as escolas de carnaval.




O carnaval mata a fome? Ele acaba com a violência? Ele se quer, não lhe deixa mais cúmplice?




Vamos usar quicksilver, lost, billabong, nike, adidas, o caralho a quatro, e financiar a indústria de exploração infantil.




Vamos assistir à Globo e nos manter cada vez mais parasitas, sem capacidade de raciocinar, e manipulados.




Vamos comprar mais celulares, mais TV's de plasma, mais tecnologia, e também financiar a quase exploração da mão-de-obra brasileira e o lucro das grandes multinacionais, para cada vez mais poluir os ares, os rios, etc.




VAMOS, VAMOS! SEJAMOS CÚMPLICES, PORÉM ESTAREMOS NO NÍVEL DE PESSOAS LEGAIS E DE NORMALIDADE QUE SÃO CONCEBIDOS PELOS CONCEITOS E OS VALORES SOCIAIS!




Vamos!




Vamos fugir da realidade, vamos seguir a sociedade!




Vamos ser cúmplices das desgraças pelo mundo a fora!




Vamos ser mais um tijolo, mais uma peça despresível e necessária ao sistema!




VAMOS, PESSOAS!




Oras, somos normais, não é?




Aquele que luta contra a manipulação e o sistema é o louco, idiota, rebelde!




Aquele que aceita os valores é o legal, o bacana, quem tem status!




PREFERIMOS NÃO SABER!







Pense.




Por que você não para e diz: NÃO, NÃO SOU MAIS CÚMPLICE, E NUNCA SEREI; NÃO POSSO ACEITAR ISSO.




POR QUE VOCÊ NÃO PARA?

sábado, 25 de outubro de 2008

Leonardo Quintão - Isso dá para fazer









Isso dá para fazer - Leonaro Quintão, filho da puta! Se pudesse faria o mesmo com o Márcio Lacerda. ANULE, BH!




Queimei vários panfletos desse ladrão latifundiário em frente à minha escola, e, o por incrível que pareça, vários alunos apoiaram.


ANULE, BH!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Anarquistas são acomodados e inúteis?


Anarquistas são aqueles acomodados, bêbados, que não querem e não têm condições de produzir nada?



Tenho todo o prazer de contradizer quem afirma esta falácia.
O sistema onde podemos nos acomodar, viver sugando do trabalho alheio, sem nada produzir, é no capitalismo. Oras, o crédito é ao capital, posso muito bem roubar, viver de esmolas, e não produzir nada, posso muito bem sugar o capital alheio (que é o crédito do trabalho alheio) e ter condições de viver. O patrão é outro que, a partir do momento que para de trabalhar como um assalariado, e torna-se patrão, passa a ganhar sobre o trabalho alheio. Dois exemplos que introduzem (e muito bem) o FATO que leva essas falácias à contradição.



Em anarquia, para evoluir, tanto indivudualmente quanto coletivamente, é necessário trabalhar e produzir. Porém há diferenças entre o trabalhar/produzir anarquista para o trabalhar/produzir capitalista. O trabalhar/produzir capitalista não passa de uma chantagem para a própria sobrevivência, isto é, o lucro de seu trabalho vai para outro(s), e seus reais frutos do trabalho, o trabalho concluído e o capital, não são distribuídos justamente. Em anarquia o incentivo é imenso pois ela tem prazer de trabalhar e de evoluir o trabalho, porque sabe que vai DIRETAMENTE para ela, e INDIRETAMNETE para todos os indivíduos, e também sabe que ocorre isto também com o outro trabalhador. Então a base é o trabalho e o prazer de trabalhar, o prazer de produiz com a consciência de que não é feito através da chantagem, da submissão, e sim do progresso dele e da comunidade.



Ora, em anarquia o excencial é o trabalho. No capitalismo, o excencial é o capital.



Quem são os acomodados, que não querem e não têm condições de produzir nada?

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Textos de Bakunin em mãos!


Estou em mãos o livro Bakunin, organizado e com seleção e notas de Daniel Guérin, da editora L&PM.


Parece ser muito bom, tem vários textos de Bakunin, e eu estava procurando textos de teoria revolucionária de Bakunin (só tinha lido Deus e o Estado de Bakunin).



Tem os seguintes textos:


O Conceito de Liberdade;

Estado e Governo;

Deus e o Estado;

A Fraternidade Internacional Revolucionária;

A Igreja e o Estado;

Programa de Uma Organização Revolucionária;

Polêmica com Marx;

Bakunin e Marx sobre a Comuna de Paris;

Autogestão Operária.


Eis tais textos em mãos!


Pretendo digitalizar alguns e publicar para vocês, leitores e leitoras, vocês que visitaram aqui agora, só de passagem, para todos, resumindo.


hehehe!


Saudações Anarquistas!

domingo, 12 de outubro de 2008

Liberdade Individual, Igualdade Social

A igualdade social só é possível com a liberdade individual.


A liberdade do indivíduo é a base para uma sociedade justa, em harmonia, considerando tal liberdade concebida pela educação. Se supormos uma liberdade coletiva mais importante que a liberdade individual estaremos sendo opressores ao indivíduo, por este não possuir as mesmas necessidades e os mesmos prazeres que todos. Ora, a sociedade contemporânea é um reflexo desta idéia, consideram-se a idéia geral e não a idéia individual. "O Brasil avançou em termos de fome e miséira", ao mesmo passo em que o geral avançou, uma pessoa está morrendo neste instante em virtude do descaso individual.


Digamos que Rousseau foi o pioneiro a defender absolutamente a Idéia Geral como o meio mais viável para a justiça, sendo garantido pelo sufrágio universal e o contrato social [1]. E estou aqui para contradizê-lo: o sufrágio universal e o contrato social defendido por Rousseau são opressores e tendem à injustiça. Assim como o sufrágio universal se caracteriza por levar em conta a vontade geral, o contrato social de Rousseau baseia-se em um contrato fechado entre todos os indivíduos. A garantia da liberdade nesse contrato, afirma Rousseau, é a vontade geral decidida pelo sufrágio universal, onde todos estariam em um senso comum. Ele ainda, no seu livro O Contrato Social, despreza a liberdade individual para tratar da vontade geral. E, para garantir a vontade geral, elege-se um representante do Soberano [2], que faria tudo por todos.

Podemos dizer que nosso sistema político, "democracia representativa" é praticamente baseado nestas idéias. E, ao mesmo passo é um exemplo de que não é justo nem viável. Em pouco tempo esta idéia se distorce e torna um meio de exploração do "representante" (dos representantes, se for República) ao Soberano, através da força física e psicológica. E outra, mesmo não acontecendo isso, interferirá na liberdade individual, o que defendo desde o início do texto.


Como garantirmos a liberdade individual?


Do indivíduo pelo indivíduo.


Defendo o contrato social como meio para tal liberdade, que, uma vez aplicada esta idéia, a harmonia e igualdade social será estabelecida naturalmente.


Cada qual tem suas necessidades e suas pretensões de alcançar certo objetivo, ou em prol de si mesmo ou em prol de um coletivo, e ninguém melhor que ele mesmo para conhecer e saber administrar e guiar as suas pretensões, os seus objetivos. Logo, o mais justo será este tomar a decisão do que fará, como fará, e com quem fará, respeitando a liberdade alheia e harmonia social. Logo, pode ele tomar as decisões e o trabalho sozinho quanto pode ele se associar à outro(s) indivíduo(s) caso sinta tal necessidade de associação. Isso varia de indivíduo para indivíduo, ele associa se quiser. Naturalmente nos associamos com outras pessoas pois estas têm o mesmo objetivo ou praticamente o mesmo, e com isso sabemos que eu desenvolveria o trabalho através de um meio mais prático. Se olharmos do outro lado, o outro que se associa tem a mesma posição deste: logo, objetivos iguais, trabalho bem sucedido, mais prático, menos desgastante. Compreendendo ter os memos objetivos, um seria o, digamos, moderador do outro, e naturalmente tal contrato social seria bem sucedido.


Fechados acordos entre indivíduos de um para o outro - e somado com aqueles que não se associaram, porém vivem em harmonia da mesma maneira -, a sociedade caminha da mesma maneira, se evolui da mesma maneira, podendo até ser mais eficaz que uma obrigação geral. Todos desenvolveriam algo em prol de todos, do indivíduo para o social, partindo da liberdade individual para gerar a igualdade social, com base no respeito e na responsabilidade, gerando o trabalho e evoluindo um, evoluindo todos.


Notas:


[1] Ler O Contrato Social, Jean-Jaques Rousseau.

[2] Rousseau considera Soberano a vontade geral do povo, ou seja, o povo como um indivíduo.

sábado, 11 de outubro de 2008

Sistema Contra o Próprio Sistema


Muitos anarquistas se esforçam ao máximo para não usar o que o sistema usa, isto é, meios e coisas que servem para fortalecer o capitalismo. Não podemos ser tão radicais, que usemos também em prol de nós.


Não é porque é de uso de manipulação ao capitalismo que não devemos usar, pelo contrário, usemos em prol de nossa luta, sejamos mais inteligentes que o sistema.


Um exemplo: Tecnologia.


Um intenso meio de manipulação capitalista, inclusão digital, falsa idéia de "luxo" possuír vários objetos de "última tecnologia", etc. E, por isso devemos nos distanciar da tecnologia?


A tecnologia é nos importante tanto no meio de propaganda, conscientização e emancipação popular, tanto no nosso cotidiano (ora, a tecnologia é um bem que o humano desenvolve. Ele tem mérito de poder desenvolver coisas em prol a ele, logo, é legal sim a tecnologia).

Podemos usar a tecnologia como um meio alternativo para divulgação dos nossos ideais, para unirmos forças em várias partes do mundo, para arquivarmos nossos artigos, para distribuição de informações, etc. Essa tecnologia que serve como meio de manipulação do capitalismo nos é super importante.


O sistema contra o própiro sistema.


O sistema quer que nós pensamos assim, quer nosso boicote aos meios que ele usa como manipulação, e isso torna cada vez mais difícil a realização dos nossos ideais, porque sempre alguma coisa está sendo usada como meio de manipulação.


Sejamos mais espertos que o sistema, usemos de seu meio de manipulação ao nosso favor, e isso também influencia na redução de manipulação e no crescimento de meios alternativos a cada produto que dizem ser "manipulador".


Há vários meios de usarmos o sistema contra ele mesmo, basta sermos inteligentes e hábeis.


Em prol da anarquia, tudo nos é possível, tudo nos é importante!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Nacionalismo (?)

Muito se dizem nacionalistas algumas pessoas, que amam o país, etc.


E, o que amam? O que é país?


O que é uma nação?


Perguntas que nunca me responderam.


País, nação, divisões imaginárias que só tendem à discussões, brigas, mortes, guerras, etc. E ainda amam?


Jesus é judeu; O papel e a pólvora são chineses; o café dá no Brasil; os grandes filósofos são gregos; tudo é espalhado, tudo é mundial. E, ainda amam uma única nação? Odeiam o "vizinho"?


E outra.


Em uma guerra traçada entre Brasil e Bolívia, suponhamos.


O presidente brasileiro declara guerra à Bolívia. Aí os nacionalistas iriam à guerra defender a nação amada. Mas, é a nação que está em guerra? Foi a nação que entrou em guerra, ou o desacerto dos presidentes?


Eles então amam o governo, e não a "nação".


Dizem que a polícia e o exército fortes propõem a ordem na nação; querem a morte dos traficantes; etc. Mas, já olharam que estes "criminosos" foram criados pelo sistema? Já pararam para perceber como entraram na vida do crime?


Ninguém nasce santo ou ruim, e é por isso que são influenciados. Os criminosos se tornaram criminosos por algum motivo: bom não é.


Então, a nação amada, o que ajuda para tirar seus filhos da vida criminosa?


Ah, é, os mata, os reprime.


Olha, os nacionalistas gostam tanto de encherem o saco dos anarquistas, comunistas, o que for, porque temos idéias contrárias. Eu defendo a liberdade de serem nacionalistas, enquanto não interfiram na minha liberdade através do desrespeito. Se preocupam tanto em chingar anarquistas, chamar de baderneiros, desordeiros, até mesmo tentar bater, oprimir a liberdade. E, o que isso melhora em uma nação que passa fome, sofre com a criminalização?


Será que eles não gostam de mulheres não? (olha que ainda são homofóbicos).


Vão escutar um Raul Seixas e se libertarem dessa vidinha de honrador da pátria, sair desse mundinho fechado, se libertarem antes de tudo, vivam a vida intensamente, em harmonia com todos independentemente de divisões mirabolantes, de dinheiro, de preconceito, etc.
E outra.

Se amam a nação, vão caçar políticas sociais para ajudar os filhos da nação que sofrem, que a nação os fez sofrer, e esqueçam os anarquistas - sendo estes que fazem ações em prol da justiça, liberdade e igualdade -.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Dica de Música - Raul Seixas - Meu Amigo Pedro


Inicializo agora a opção "dica de música", do meu blog, para eu postar as músicas que gosto.



Nada melhor começar com Raul Seixas.

Meu Amigo Pedro:

A acho interessante porque, o que compreendi da música foi que a vida de um cara que não se esforça para seguir os conceitos da nossa sociedade vive melhor e mais livre que um que segue a firme todos (ou quase todos) conceitos.
Quando se segue conceitos sociais você perde o prazer do individual, do seu universo. Você se restringe à todos, sendo que a liberdade na realidade é a extensão do prazer do individual. É, parece contraditório, mas não é, o individual é mais amplo que o social.


Então, a música também relata sobre uma pessoa que acha a vida desgastante, um tédio, porém nada faz para mudar, enquanto o "vagabundo" (como é chamado) é mais feliz, mais livre.



Faça o download da música: http://www.4shared.com/file/66319310/29e42544/02_-_Meu_amigo_Pedro.html

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Manual contra a depressão - Terapia musical

Bob Marley

Raul Seixas

Bezerra da Silva



por que?



Bob marley te acalma e lhe faz exaltar prazer, raul lhe deixa doidinho, já dá uma animada, e bezerra, com seu samba raíz, lhe deixa as pampa!

Um Novo Mundo

Você já imaginou um mundo onde vivêssemos de verdade, não essa falsa vida que só nos corroi, onde não estaríamos sujeitos a deveres, chantagens, obrigações, opressões, "estudos", trabalhos, pressões, tédios, e para depois termos o "direito" de um pouco de distração - sendo que liberdade mesmo não é direito de ninguém -; um mundo onde exaltássemos prazer ao infinito, onde gozássemos da liberdade e harmonia, de consciência leve sabendo que o seu irmão está bom tanto quanto você; um mundo onde a liberdade individual andasse ao mesmo passo do respeito, onde viveríamos em pequenas sociedades, não essas imensas e assustadoras cidades “globalizadas”, lotadas de prédios, edificações que nos trazem idéia de sujo, estragado, essa visão constante do negativo; que nelas existem milhões de carros buzinando, pessoas correndo, umas sendo atropeladas, outras morrendo de fome, outras oprimindo outras, umas matando aquelas, essas com inveja dessas; e outras, como eu, e como você, agora, que acompanha este texto, almejam a liberdade.




Um mundo onde tudo seria da mais pura natureza de ser e de estar, a harmonia natural, a ordem natural, a música, a arte, a real educação, os demais animais, o sol, a praia, o mar, os campos, as florestas, as pessoas, os amores, as liberdades, a lua, o céu, enfim, a liberdade natural!




Já imaginou um mundo, acima de tudo, habitado por respeitos e responsabilidades, apoios e solidariedades, harmonias e fraternidades? Já imaginou um mundo, de liberdades e igualdades?

Já to cansando...

Não to afim mais de ser sujeitado a deveres, chantagens, obrigações, opressões, estudos malditos, pressoes, tédios, e para depois eu ter o "direito" de um pouco de distraçao, mas liberdade mesmo não é direito de ninguém.


vei, aproveito os momentos sozinhos para ficar assim porque é a única hora pra sentir o tedio, vc acredita?



vc acredita que até para sentir tédio não temos tempo?



Que se foda tambem, nao vou escrever certo nao.


Raiva total.

sábado, 4 de outubro de 2008

A Revolução só é Possível com a Conscientização

Revolução não é um ato que alguém a faz, a dirige, quando bem querer, quando achar melhor. Não. Uma revolução anarquista será de fato uma revolução bem sucedida, porque para esta realizar só é possível através da conscientização popular, ou seja, só é possível do povo, pelo povo.






Uma revolução anarquista não visa um pós-estado ditatorial, então não quer chegar à autonomia através do poder; uma revolução anarquista não é reformista, pois acreditamos e temos a convicção que o governo é corrupto, corrosivo, e apenas interfere na liberdade individual; a revolução anarquista é algo além. Assim como Errico Malatesta já havia dito, para vivermos em anarquia há de sabermos ser anarquistas. E a revolução anarquista é feita por indivíduos conscientizados pelo ideal revolucionário de emancipação popular, e pelo ideal libertário e autônomo de nos organizarmos em uma sociedade anarquista.






Então, é possível eclodir uma revolução anarquista em três aspectos:




Se nossa propaganda for intensa, trazendo adeptos ao ideal revolucionário libertário, ou mesmo não necessariamente apenas trazê-los, mas disponibilizar o ideal no cérebro do conformado, informação no desinformado e auto-estima no derrotado, fazendo com que estes não ridicularizem ou tenham uma visão de baderneiros, vagabundos dos anarquistas. E essa propaganda, além de distribuir informações do nosso cotidiano corroído, dessa injustiça em que vivemos, e aplicando o ideal anarquista, através do diálogo, através de mutirões organizados de propaganda, dentre outros meios que possam ser pensados pelos anarquistas, como também praticar a anarquia hoje em dia, isto é, praticar a autogestão. Criar pequenos núcleos “autogestionados” como exemplo da possível existência de uma sociedade anarquista, sem a necessidade de Estado, governo, leis, autoridade, etc., somado com a propaganda do diálogo, dos mutirões (já ditos acima), fazendo o indivíduo pensar mais sobre o assunto, ter um raciocínio além das fronteiras decretadas pelas autoridades, pelos governantes, e é o que elas não querem, elas não querem os indivíduos raciocinando. Querem encher o ser humano de falsas concepções, de culturas medíocres, de falso luxo, falsa felicidade, falsa liberdade. Outras idéias de propagandas são bem-vindas, restringir à uma, ou à outra, ou seria mais difícil, ou fracassaríamos. As idéias de propaganda do ideal giram em torno uma das outras, sempre uma irá completar a outra, e vice-versa, como exemplo a propaganda de diálogos, mutirões, que somados com a aplicação da autogestão, são mais precisas e mais eficazes que apenas uma; somente os diálogos e mutirões seria muito esforço para pouca repercussão, mobilização e desenvolvimento do raciocínio; somente a aplicação da autogestão seria fraco, pois são pequenos núcleos, e, a única forma de propaganda seria a mídia capitalista, a qual iria somente dizer mau, ou nem tocar no assunto. Então, mais e mais idéias de propaganda são bem-vindas e necessárias para uma boa mobilização popular.






Se, através da propaganda, nós vermos que houve uma favorável mobilização popular, e várias pessoas se aderiram, ou mesmo deixaram de descriminalizar e passaram a apoiar, seja da forma que for, podemos aplicar a ação-direta como um passo à revolução. Até na ação-direta devem ser aplicadas as propagandas - propaganda é algo especialmente necessário em qualquer das hipóteses, compreendendo como propaganda pós, ao decorrer e pró ação-direta como conscientização sobre o porquê que estaríamos fazendo tal ato -. A ação-direta deve ter toda uma organização para praticarmos o ato com excelência, e ter toda a tática de militância no ato, como precauções, mais de um plano para orientar a ação, etc. Depois de intensas ações-diretas, com toda certeza de repressão policial, com base na propaganda de descriminalização do Estado pelo povo, sendo aquele um órgão opressor, falso-democrático, quem já apoiaria o ato cresceria sua revolta, quem ainda não apoiava, seria mais um motivo para apoiar, e nos fortificar cada vez mais.






Com base nesses dois métodos pré-revolucionários (até em outros meios de organização e prática emancipacionista), e revoltando cada vez mais o povo, a revolução estaria cada vez mais perto, porém não tão perto, ainda um pouco longe. E para chegarmos lá, todo esse processo há de ser realizado, e ambos métodos serão realizados a longo prazo, e é por isso que há a necessidade de entregarmos nossas vidas para a luta pela nossa emancipação. Os métodos pré-revolucionários resultarão na revolução somente se estiverem em completa e natural harmonia, não restringindo à uns, ou à outros; dessa forma, a revolução não triunfará.






Apenas com o povo conscientizado sobre as questões sociais atuais, e como poderíamos viver na democracia-direta, autogestão, com responsabilidade, respeito, e consciência de que o apoio-mútuo nos faz progredir mais que a luta-mútua, é que a chama de revolta do povo se ascenderá, e seremos, uns e os outros, nós, o povo, seremos a nossa lenha, para a chama crescer e destruir os órgãos opressores, os castelos de gelo produzidos com nossos antigos pensamentos, culturas, e idéias fúteis de relacionamento.