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Emma Goldman
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sábado, 24 de janeiro de 2009

Cooperativismo - Pratique, cresça!


Muito se desgasta em grandes empresas em busca de uma estabilidade econômica, um bom salário, sempre esperando a boa vontade do patrão e a louca economia capitalista. Mas, por que não começar uma cooperativa com pessoas sérias e que têm o mesmo pensamento?



Para que se desgastar e ser explorado constantemente, todo mês? Para que pagar aos outros que você trabalhe!? Isso mesmo, você paga por trabalhar.



Deixe de ser explorado, invista em cooperativas. Um vídeo explicativo, assista:






Entendeu?


Você formará com outras pessoas uma empresa, a qual não teria níveis hierárquicos de organização e administração, tendo cada um sua função específica e decidida por todos e todos realizando a administração e organização econômica, do modo de trabalho e do ambiente de trabalho. Isso irá trazer uma harmonia no trabalho, satisfação em saber que não está sendo explorado, que tudo que você faz tem o SEU valor, um certo prazer em trabalhar e se unir à outras pessoas sem a intenção de sempre sobrepor o próximo, mas sim com a intenção de todos, juntos, crescerem.



Afinal, você prefere ser explorado e subjulgado à várias coisas, tais como carga horária pesada, constantes ordens do patrão que visam somente o seu lucro, más condições de trabalho, etc.?



Pense, um novo mundo é possível, e está muito mais próximo que imaginamos, basta termos atitude.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Economia Anarquista


No texto "Sistema de Trocas em Ordem Natural", que publiquei neste blog em agosto de 2008, eu propus algo já proposto por Proudhon, porém bem menos desenvolvido, que é o contrato social como base das relações. Eu ainda cheguei a mencionar "Este é meu início do estudo e pensamento econômico. Espero que não assustem caso eu mude de opinião tão fácil, o que pode ser muito improvável." Pois é, estou aqui propondo outro sistema de troca, agora baseado em uma moeda para a organização e estabilidade da economia e das relações sociais, muito distante da economia capitalista e da economia socialista autoritária [1].



É muito importante realçar que a economia capitalista baseia-se não só no capital, mas também - e estes com mais importância - na propriedade privada, na concorrência de mercado, iniciativa privada, trabalho assalariado (relações patrão x trabalhador), tendo consequências tais como ganância, exploração, desigualdades - que, como outra consequência, crimes, assaltos, assassinatos, sequestros -, etc. É claro, tudo gira em torno do capital. Mas não é correto afirmar que uma economia com moeda de trocas é obviamente "capitalismo". Por exemplo, no socialismo autoritário, mesmo sendo algo que é em todos os aspectos e em suas raízes ideológicas contra o capitalismo, há a moeda de trocas.



A minha concepção baseia-se e uma estabilidade proporcionada devido à queda do capitalismo e do Estado interferindo nas relações do povo, dos indivíduos. A organização do trabalho seria feita pelos próprios trabalhadores - ora, se no capitalismo, que é super concorrido, eles sustentam eles próprios, os burgueses, e os políticos, porque em estado de autogestão e realização do trabalho com menos carga horária e stress eles não se sustentariam? -, ou seja, continuariam os trabalhadores a trabalhar, a exercer sua função na sociedade, formando cooperativas, para substituir as empresas. As empresas capitalistas são formadas pelo patrão e pelos trabalhadores, e os trabalhadores gerando a riqueza para o patrão e tirando o seu sustento; as cooperativas, uma vez que não possuem níveis hierárquicos econômicos, ou seja, não possuem patrão, os trabalhadores iriam administrar a carga horária e o que gerou de trabalho e troca no - por exemplo - mês. As cooperativas, em questão de relação, funcionariam semelhante às empresas que tanto conhecemos: efetuariam e estabeleceriam os preços dos resultados do trabalho, colocariam no mercado, ao mesmo passo que as outras fariam o mesmo. Por exemplo: temos a cooperativa alimentícia, a cooperativa de água, e a de vestimentas. Ao mesmo passo que uma produziria e disponibilizaria o seu trabalho no mercado, as outras também o fariam, onde efetuaríamos compras - com o que ganhamos com nosso trabalho - formando um elo econômico autogestionário.



Podem achar que isto é o que acontece hoje em dia, mas não é exatamente assim. É lógico que será em grandes proporções, grande escala, pois não existiriam somente três cooperativas. A diferença básica é que, com a ausência do capitalismo e do intervencionismo [2], os poderes ilícitos que impedem o povo se desenvolver sozinho, que são os patrões e as autoridades desnecessárias, seriam de fato abolidos. O trabalhador se regia sozinho, ele administraria seu trabalho e o fruto de seu trabalho em conjunto com aquele que formou a cooperativa, e com uma organização interna horizontal [3] e transparente [4], haveria a divisão dos gastos e a definição dos ganhos à cada trabalhador da cooperativa. Isso seria difícil de um extorquir dinheiro, uma vez que ninguém teria um cargo mais alto destinado à administração econômica.



O fluxo econômico seria sempre estável, pois não existiriam iniciativas privadas lançando créditos inexplicáveis e proporcionando, posteriormente, quedas vertiginosas da economia e deixando cada vez mais o povo na miséria. Em economia capitalista, uma economia louca que dizem que é natural, eu não tenho muita noção - e nem quero -, porém sabemos, temos a experiência do que a economia natural e harmônica nos proporciona. A moeda seria constantemente trocada (como no capitalismo), e, como não existiriam intenções de lucros exorbitantes (como no capitalismo), garantiria uma estabilidade econômica. Ora, é apenas uma moeda de troca, nada mais.



Chegou uma dúvida certa vez, que era "como, então, já em funcionamento tal economia, começar uma nova cooperativa?". Isto tomou-me certa dúvida, mas com certeza será esclarecido. Eu, a princípio, pensei que seriam doadas as bases para a criação, mas, como em uma empresa capitalista, a pessoa associara à uma cooperativa, organizaria suas economias, e formaria o projeto em conjunto com aqueles(as) que gostariam de começar um novo projeto, e com base no apoio-mútuo (já que seria de interesse geral a criação), começariam a nova cooperativa. Isso esquentaria a economia, daria mais uma alternativa de trabalho e mais uma alternativa de podermos ter algo que antigamente não tínhamos. Então, o incentivo das demais cooperativas é sempre necessário, mas não o principal.



Tais relações livres, proporcionariam ao trabalhador um certo prazer, primeiro por ele saber porque trabalha, para quem, e como; segundo por ele ter autonomia para trabalhar e decidir sobre seu trabalho; segundo por ele ter a convicção de que não está sendo extorquido, roubado, explorado, e que, o seu trabalho, que antes sustentava ele, os ricos e os políticos, agora está sustentando somente ele, ou seja, triplicando seus ganhos. Essa liberdade de associação, essa real liberdade, liberdade individual, garante uma igualdade social que nunca será estabelecida por uma ou milhares de leis burocráticas estatais. E é isso que vou condenar agora.



Tenho que esclarecer sobre a diferença ao socialismo autoritário. Difere, além da autoridade desnecessária já mencionada antes, na intervenção do Estado. O Estado, em lei, diz que garante a igualdade, mas fere a liberdade. Seria uma espécie de obrigação sermos iguais. Ganharíamos o mesmo, iríamos consumir o mesmo, tudo em administração do Estado. Isso, além de ferir a liberdade (como disse), e em conseqüência o povo, a autoridade intensa do Estado e dos chefes de estado, ou seja, os líderes, com toda certeza desencadearia em um abuso da direção sobre o povo, tornando este apenas uma marionete generalizada. Pois, a história nos mostra a verdade [5], e Bakunin já havia previsto a famosa "Burocracia Vermelha". Esta igualdade decretada como base a não-liberdade, a obrigação, é, sem dúvida, algo que nunca funcionará - ao meu ver, a liberdade individual garante a igualdade social -.



Não gosto e repudio a iniciativa privada, propriedade privada [6], mercado capitalista, lucro, patrão, Estado, autoridade, e as demais formas de maltratar a liberdade e a igualdade; que impedem que o povo se mova; que são ilegítimas e nojentas. LIBERDADE, SOLIDARIEDADE, IGUALDADE.



Neste estudo não foi abordado exatamente tudo, mas com o passar do tempo, vamos evoluíndo e desenvolvendo as idéias. Mas considero como base para uma nova era de pensamentos meus.


Notas:


[1] Por socialismo autoritário entendo o Estado que Marx propôs como um trajeto para efetuar a real emancipação do proletariado, onde tudo é estatizado e o grande leviatã tem a cooredanação e administração de todas as relações sociais (Rússia, Cuba).

[2] Intevenção do Estado sobre a economia e a política.

[3] Sem níveis hierárquicos.

[4] Todos com a capacidade de poderem ver o que se entra, sai, modifica na economia interna e ao mesmo passo decidirem como será a divisão do, podemos dizer, "lucro".

[5] Rússia, por exemplo.

[6] Moradia, alimento e vestimentas são essenciais ao indivíduo, há de serem garantidas para ele. As suas conquistas com base no trabalho - em sistema cooperativista - também têm de ser garantidas. Consideramos, nós, anarquistas, propriedade privada como a exploração do homem sobre o outro: grandes terras e meios de trabalho concentradas nas mãos de poucos, empresas privadas sendo propriedade do patrão e tornando o trabalhador apenas um mero assalariado, dentre outros fatores de exploração capitalista. A propriedade é um roubo!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Comemorações?


"Não haverá Natal neste ano, a Virgem Maria teve um aborto" Esta foi uma citação dos rebelados gregos, principalmente em repúdio ao assassinato de Alexandros Grigoropoulos, mas também contra a repressão policial, o fascismo estatal, e a exploração do capitalismo.



Uma onda de revoltas e confrontos violêntos explodiu na Grécia, durando por mais de 15 dias.



No México, outro manifestante anarquista foi assassinado pela opressão Estatal.


Como comemorar, em meio à opressão, exploração, e assassinato?



Israel, marionete dos Estados Unidos, está cada vez mais oprimindo a Palestina, e há dois dias, com a velha desculpa de que o Hamas, que é um grupo terrorista de RESISTÊNCIA contra o imperialismo Israelita, o atacou, começou com uma repressão imensa sobre o povo palestino, que tanto luta pela sua emancipação, desde o término da Segunda Grande Guerra (quando a ONU decretou a divisão de áreas para judeus - Israel - e para o povo que la vivia).


Hoje não é mais uma briga de povos, de cultura, religião, e sim econômica e política. Os Estados Unidos, que em sete de setembro de 2001 planejou o suposto atentado às Torres Gêmeas e outras áreas para ter uma desculpa para invadir o Iraque e Afeganistão em busca do petróleo (além do ouro que estava guardado nas Torres um dia antes ter sumido, que somava mais de um bilhão de dólares), está usando o Israel de marionete para o ataque aos países visinhos. Assim como a Inglaterra fez com Portugal, logo após da descoberta das américas (usando Portugal ao seu favor, e depois jogá-lo na miséria e dependência econômica - altas dívidas -), os Estados Unidos estão usando Israel para atacar os países visinhos, almejando a fraqueza de tais países, para instalar o imperialismo estadunidense na região e a hegemonia do petróleo.


Em virtude dessas ambições econômicas e políticas o mundo está vivendo uma catástrofe, está como um trem sem freios ao precipício, ao abismo, e somente tal queda vertinosa será sentida pelo povo conformado, mas será tarde demais. Hoje, se preocupam com o natal, o ano novo. Amanhã, com o carnaval. Depois, com o aniversário, páscoa, dia dos pais, dos namorados, dia das borrachas amarelas, dia dos discos quebrados, etc...


LIBERDADE À PALESTINA! PALESTINA LIVRE!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Desde a Grécia


"Os políticos e jornalistas ridicularizam nosso movimento, tratando de impor a ele a sua própria carência de racionalidade. Segundo eles, nos rebelamos porque nosso governo é corrupto, ou porque gostaríamos de ter acesso a mais dinheiro, mais emprego."



Arrasamos os bancos porque reconhecemos o dinheiro como causa central de nossas aflições, se quebramos as luzes das vitrines não é porque a vida seja cara senão porque a mercadoria nos impede de viver a qualquer preço. Se atacamos a escória policial, não é só em vingança por nossos companheiros mortos senão porque entre este mundo e o que desejamos, sempre se supõe existir um obstáculo.



Sabemos que é chegado o momento de pensar estrategicamente. Neste momento tão importante sabemos que a condição indispensável de uma insurreição vitoriosa é que ela se estenda, ao menos, em nível europeu. Nos últimos anos temos visto e temos aprendido: as contra-cúpulas pelo mundo, os distúrbios estudantis e nos subúrbios da França, o movimento anti-TAV na Itália, a Comuna de Oaxaca, os distúrbios de Montreal, a agressiva defesa do Ungdomshuset em Copenhague, os distúrbios contra a Convenção Nacional Republicana nos Estados Unidos, e a lista continua.



Nascidos na catástrofe, somos os filhos de una crise global: política, social, econômica e ecológica. Sabemos que este mundo é um caldeirão sem saída. Há que se estar louco para agarrar-se a suas ruínas. Deve ser concertado para auto organizar-se.



Há uma obviedade na recusa total aos partidos e organizações políticas; são parte do velho mundo. Somos os filhos malcriados desta sociedade e não queremos nada dela. Esse é o pecado que nunca nos perdoarão. Atrás das máscaras negras, somos vossos filhos. E estamos nos organizando.



Não nos esforçaríamos tanto em destruir o material deste mundo, seus bancos, seus supermercados, suas delegacias, se não soubéssemos que ao mesmo tempo socávamos sua metafísica, seus ideais, suas idéias e sua lógica.



Os meios de comunicação descreveram todo o ocorrido nas semanas passadas como uma expressão de niilismo. O que não entendem é que no processo de assalto e assédio a sua realidade, temos experimentado uma forma de comunidade superior, de divisão, uma forma superior de organização alegre e espontânea que estabelece a base de um mundo distinto.



Qualquer um poderia dizer que nossa revolta encontra seu próprio fim na medida em que se limita a destruição. Isto seria certo no caso de que junto aos enfrentamentos nas ruas, não houvéssemos estabelecido a necessária organização que requer um movimento a longo prazo: cantinas providas por saques regulares, enfermarias para curar aos nossos feridos, os meios para imprimir nossos próprios jornais, nossa própria rádio. A medida que liberamos território do império do Estado e sua polícia, devemos ocupá-lo, preenchê-lo e transformar seus usos de maneira que sirvam ao movimento. Deste modo, o movimento nunca para de crescer



Por toda Europa, os governos tremem. Asseguramos que o que mais temem não é que se reproduzam os distúrbios locais senão a possibilidade real de que a juventude ocidental encontre suas causas comuns e se levante como uma só para dar a esta sociedade seu golpe final.



Esta convocação vai dirigida a todos que queiram escutá-la:



Desde Berlim a Madri, de Londres a Tarnac, tudo é possível.



A solidariedade deve transformar-se em cumplicidade. Os enfrentamentos devem expandir-se. Devem declarar-se as comunas.



Desta forma, a situação nunca retornará a normalidade. Desta maneira as idéias e práticas que nos unem serão laços reais.



Deste modo seremos ingovernáveis.



Uma saudação revolucionária aos companheiros de todo o mundo. Aos detidos, os libertaremos!





agência de notícias anarquistas-ana

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

20 de dezembro em Belo Horizonte - Repúdio e Solidariedade












20 de dezembro: sem clima natalino. O clima é tenso, de gigantes agitações, de assassinatos, de opressão, de um movimento que por muito tempo vem sobrevivendo e crescendo com base no ódio e na revolta chegar a explodir, por não agüentar mais as atrocidades do Estado e de todo o sistema capitalista. Não somos marionetes, não somos programados, sabemos onde estamos vivendo e como estamos vivendo, e é por isso que somos anarquistas; não somos cúmplices.



Sim; somos inimigos mortais do Estado e suas derivações coercivas, pois ele oprime a liberdade que faz com que o povo prospere; ele não quer o povo conscientizado, porque sabe que irão contra ele; ele então, com todas suas forças, oprime todos aqueles que têm por auto-função conscientizar o povo e tentar destruí-lo. Nós, em contrapartida, por esses e outros vários motivos, somos estes; queremos conscientizar o povo, queremos nossa emancipação, dos estudantes, trabalhadores, da classe sofrida e explorada, e todo aquele que nos intervir sofrerá as conseqüências. Não esperamos governo, reforma, pois já se passaram centenas de anos e a história nos prova que nada mudou e com certeza nunca mudará; a independência do trabalhador é obra do próprio trabalhador.



Não queremos guerras, queremos a paz, harmonia; não queremos a desordem, queremos a ordem, a organização dos trabalhadores; mas o governo coloca a sua mão sobre o povo, e impede que este se mova, seja por via de leis, de opressão mascarada, ou por via da força, da polícia fascista. E foi isso que aconteceu.



Alexandros Grigoropulos, manifestante anarquista grego assassinado. Em uma manifestação violenta de um grupo de anarquistas, a policia atirou contra os jovens assassinando diretamente Alexandros. Tal fato foi o estopim para o movimento grego não suportar mais o Estado fascista. Eclodem gigantes manifestações, confrontos violentos com a policia, e não só os jovens estudantes, mas todo o povo: trabalhador, desempregado, e todo aquele que é explorado e oprimido. Chega uma hora que o povo não agüenta mais, não consegue mais sustentar tanta podridão na sua frente. A Grécia está em estado de guerra civil, calamidade pública.



E, sabemos que para a notícia chegar de lá para cá, é função dos meios de comunicação, e isto é horrível. Grandes emissoras capitalistas, que já têm como fama a manipulação das massas, com toda certeza corroem a notícia, tornando os rebelados como desordeiros, etc. A globo, por exemplo, mencionou que ?vários são anarquistas, em plena terra-mãe da democracia?, como se anarquismo fosse desordem. Não podemos confiar na mídia. Vale lembrar, que se quiser saber a realidade do movimento, acesse www.midiaindependente.org.



20 de dezembro: sem clima natalino.



20 de dezembro de 2008, foi clamado pelos manifestantes gregos o dia internacional de repúdio ao assassinato e todos os outros crimes de Estado contra o povo. E não estamos mortos no Brasil: Belo Horizonte amanheceu no dia 20 com bancos pichados, vários outros lugares pichados, com sticks colados nas paredes, em bancos, etc. Não ocorreu uma manifestação em repúdio, mas sim algo ilegal como protesto. As agitações em Belo Horizonte não acabarão. Segue uma série de fotos de pixações e sticks, porém não foram tiradas fotos de todas as pixações e sticks, têm muito mais espalhados pelo centro e bairros arredores do centro de Belo Horizonte. Infelizemente tentaram pixar a prefeitura, até conseguiram, mas não saíu muito bom, pois tinham guardas municipais.



Postado inicialmente em: Site da CMI

Mobilizações na Grécia continuam - ANA

Até hoje pela manhã, havia lutas ao redor da Universidade Politécnica em Atenas. Algumas centenas de manifestantes permaneceram no edifício toda a noite e ataques esporádicos foram feitos com pedras e coquetéis molotov às forças da ordem que tinham cercado a universidade. Os antidistúrbios lançaram quilos de bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, muitos, dentro da universidade.



Sucedeu uma assembléia dos ocupantes e solidários e se decidiu continuar com a ocupação. Desta forma a ocupação permanece e, ainda, chamaram uma exposição artística em benefício/solidariedade com os detidos nesta segunda-feira (22).



Também em Atenas, ontem (21), aconteceu uma manifestação em Kaisariani, com cerca de 200 pessoas, algumas máquinas eletrônicas ATM foram bloqueadas.



Em Ilion, teve duas manifestações separadas, uma chamada por esquerdistas e outra por anarquistas. Posteriormente, 4 bancos, um posto governamental de desempregados e algumas sedes do partido governamental foram atacadas e suas janelas e câmeras de vigilância esmagadas.



Ontem (21) à tarde foi posto fim na ocupação do edifício da GSEE (Confederação Geral dos Trabalhadores), com a entrega do edifício aos membros do sindicato pelego. Logo após cerca de 400 pessoas realizaram uma manifestação em direção à Escola Politécnica (também ocupada) gritando: "O GSEE tornar-se-á um sindicato combativo, em sua segunda ocupação que será para sempre".



Também na assembléia de ontem (21), foi decidida a realização de uma manifestação na quarta-feira (24), no centro de Atenas.



As assembléias das faculdades ocupadas fizeram um chamado para uma manifestação amanhã, às 14hs, em Propilea.



Ontem (21), foram executadas intervenções em mais de 15 espetáculos de teatro. Cerca de 100 pessoas, em sua maioria estudantes de belas artes, de teatro etc., interviram desde às 19h30 até às 23h:30, em Propilea, interrompendo as apresentações teatrais com faixas e lendo textos.



Companheiros também realizaram intervenções na cidade de Volos, no Teatro Municipal, durante a inauguração do Festival de Música da cidade.



Ontem (21) em Tessalônica, aconteceu uma assembléia dentro de uma igreja. Os manifestantes entraram para se proteger do frio e depois discutiram sobre mais ações e protestos para os próximos dias.



Na madrugada de domingo para segunda foram registrados no centro de Atenas ataques contra bancos e algumas câmeras de vigilância.



Em Nea Filadélfia, 6 carros de patrulha foram destruídos.



Em Nea Lonia, o ataque foi contra um banco.



Em Virona, 2 carros foram queimados.



Em Iraklito, 2 bancos e um carro foram atacados.



Em Tessalônica, membros da Iniciativa Cidadã de Bairro Ano Poli, ocuparam hoje (22) de manhã a biblioteca pública do bairro, com a intenção de utilizá-la como centro de contrainformação e ponto de encontro assembleário.



Alguns comentários de um arqueólogo brasileiro em Atenas



Os anarquistas estiveram por muitos anos a um passo da revolução na Grécia. O bairro anarquista, que por sinal é o mesmo bairro da Escola Francesa de Arqueologia, é cotidianamente vigiado por guardas com espingardas enormes. Há muita pichação, cartazes e bandeiras vermelhas e pretas. Há também as livrarias e gráficas que editam Malatesta e Bakunin em grego e estão sempre movimentadas, apesar de serem extremamente humildes. O partido comunista governou o país por décadas e agora se confunde com o atual governo social-democrata (qual é mesmo a diferença entre estas corjas de mandões?). A realidade é distante para a maioria de nós, mas, por causa de meus estudos, tenho ido à Grécia de dois em dois anos desde 2002 e posso dizer que a entrada na Comunidade Européia parece ter feito muito mal às pessoas que vivem lá. O grego pau-pra-toda- obra, músico ou pescador que lotava os cafés nos fins-de-tarde e que via a vida passar com olhos de eternidade, se fez um catador de lixo, como estes que vemos em todas as cidades Brasileiras de grande porte (em São Raimundo Nonato, por exemplo, não existem catadores de lixo, pois não há quase nada no lixo que possa ser aproveitado) . O povo grego cata coisas no lixo e a polícia é de uma violência digna da PM brasileira com os moradores de rua e com os imigrantes albaneses (na Grécia, quase todos os imigrantes vêm da Albânia).



As imediações do museu nacional de Atenas, área nobre ao lado da Escola Politécnica que agora é ocupada pelos revolucionários, era em julho deste ano um lugar fedorento, repleto de mendigos enrolados em cobertores e de rodas de descolados de classe média-alta se injetando. Percebi que a moeda de troca por droga mais comum eram toca-fitas de carro. A situação que já era incômoda, parece ter ficado insustentável depois da entrada na UE, com a redução do grego à condição de mão-de-obra nos países mais abastados do bloco e com a perpetuação da presença colonialista de instituições inglesas, francesas, alemãs e também americanas, principalmente ligadas à arqueologia, que fazem da Grécia um laboratório, cultuando o mais profundo desprezo pelo modo de vida grego atual, tal como seus predecessores fizeram, desde o século XIX.



Não há dinheiro para nada. Cultura que conta com recursos é aquela destinada ao turismo, embora a manutenção dos sítios arqueológicos seja calamitosa. Para visitar a Lésche dos Cnídios em Delfos, ruínas do edifício que teria abrigado algumas das mais belas pinturas da Antigüidade, é preciso cortar mato com o peito. A ilha de Delos, onde nasceram os deuses Apolo e Ártemis, está tomada por ratos e também agride o turista mais curioso com seu mato espinhoso que não é cortado, pois não há funcionários para isso. Presenciei em 2006 uma operação de emergência em que arqueólogos e restauradores gregos foram deslocados de suas funções habituais para cortar mato.



Só aquilo que é absolutamente clichê, como a Acrópole e a Ágora de Atenas, recebem um tratamento cuidadoso. As obras de transporte e embelezamento feitas para as Olimpíadas de 2004 não esconderam a favela que cresce bem ao lado da Via Panatenaica, no bairro da Placa, onde perambulavam filósofos a caminho da Academia de Platão. Tentei ir até lá, mas a barra é tão pesada que voltei antes que ficasse sem o passaporte.



Isso não impressiona os arqueólogos do norte da Europa, acostumados a escavar na Turquia, em Gaza e no Egito. Mas há uma diferença entre estes lugares e a Grécia: o custo de vida. Não se vive com pouco dinheiro na Grécia, o que só piora a situação.



Há um sentido valoroso do movimento que já ganhou contornos de guerra civil: os estudantes estão do lado dos imigrantes. Há vários relatos de que o movimento se pôs contrário ao apartheid entre Gregos e não-gregos. O movimento é contrário ao Estado grego e pode ser o início de algo muito novo no mundo todo. Mesmo na Guerra civil espanhola havia uma liderança declarada e reconhecida. Na atual guerra civil grega não há "cabeças do movimento" e, por isso, a imprensa repete exaustivamente que os revoltosos não sabem o que querem, não têm nenhuma proposta.



Quem não sabe o que fazer ou a quem prender é o Estado e a polícia.



Abraços a todos.



P.



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agência de notícias anarquistas-ana



Olhando bem

O cafezal, na verdade,

São laranjeirinhas...



Paulo Franchetti

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Carta de um italiano em Atenas

[A seguir excerto de uma mensagem enviada originalmente a um companheiro português, que reproduzimos em "português brasileiro".]



Atenas, 15 de dezembro de 2008



Não te preocupes: estou bem. A falta de notícias é devida à impossibilidade de encontrar o lugar e o tempo para escrever-te, mas como se preocupam comigo, eis as news:



[...]



A situação vai-se normalizando (logo te explico o que isso quer dizer). Já não há as grandes batalhas, as destruições e os saques dos primeiros dias. A cidade começa a se reconstruir. Ela lembra-me um bosque dos nossos vales (do norte da Itália) antes da primavera, quando todas as árvores estão ainda completamente desfolhadas e só as cerejeiras já florescidas se distinguem, destacam-se por suas flores brancas.



Atenas é igual pelos prédios queimados. Não são muitos, mas dão nas vistas; de vez em quando um aparece à esquina... uma loja de carros, um banco, um supermercado. Um amigo meu disse-me que acha graça perguntar-se quantos destes esqueletos não estivessem assim antes da revolta; até descobrir que nem anteriormente a situação era cor-de-rosa... E isto explica muitas coisas.



Os últimos confrontos espalhados aconteceram sábado na ocasião da primeira semana depois do assassinato. Uma manifestação logo atrás da outra, confrontos no bairro Gazi e Exarchia com a utilização abundante de fogos de artifício pelos manifestantes, muitas concentrações pacíficas e manifestações espontâneas durante todo o dia e toda a noite.



Eu andei aos montes como um pião até me juntar a uma marcha espontânea de pessoas que voltavam para o centro. É desaconselhável circular sozinho enquanto ocorrem ações... Não há do que ter medo, mas a polícia secreta e os fascistas são uma realidade e podes vê-los perambulando à volta das marchas e das faculdades. A marcha em que estava invadiu a rua, mas, embora se mantivesse quase totalmente pacífica, foi parada pela polícia que cortou a passagem à frente e atrás. Consegui fugir com outro menino até a Universidade de ASSOE, um covil anárquico.



Lá soubemos que 37 pessoas foram bloqueadas pela manobra da polícia e presas. Os anarquistas decidiram então responder queimando um banco. Prontos e armados saíram da ASSOE, mas voltaram logo depois quando um coquetel Molotov entrou por engano numa casa. Quase acabaram por bater-se.



Então fui para casa: do meu ponto de vista a coisa está a perder-se. Concretamente as manifestações estão nas mãos dos anarquistas da ASSOE e do Politécnico, mas são ações escolhidas, pilhagem a bombas de gasolina e rápidos raids incendiários contra bancos ou objetivos governamentais como ministérios ou distritos da polícia. A resistência já não é difundida e de todas as maneiras segue pacífica, contudo as manifestações continuam sem parar.



Além da crônica



A situação está "normalizada", como já te disse, numa completa anormalidade. O fato de não haver saques em todo lado não significa que tudo esteja como dantes. O clima que se respira, o ar é diferente. Vê-se em muitas pequenas coisas. Realmente pode-se ir trabalhar de manhã, mas os semáforos foram quase todos totalmente destruídos. Consegues imaginar uma metrópole do tamanho de Atenas, com 5 ou 6 milhões de habitantes, caótica e desordenada, sem placas de trânsito? Isto significa que deslocar-se do ponto A até o ponto B da cidade pode demorar um tempo indeterminado que pode mudar de várias horas segundo o dia ou o momento... E nem falo sequer das passeatas contínuas.



Ninguém se atreve a intervir em nada. Adolescentes que destroem cabines telefônicas ou queimam multi-bancos... e ninguém diz nada... nem sequer a polícia. Os polícias andam sós em grupos, todos juntos, mas nunca intervêm. Têm medo, só esperam para o turno acabar e as pessoas sabem, todos o sentem. Cada um faz o que quer, desde atravessar onde é proibido até atirar-lhes lixo em cima.



Só para te dar um exemplo. Ontem pelo centro passou um Porsche. Um homem que estava a atravessar (um homem normal - nos seus 40 anos - de fato e com mala) parou, pegou uma pedra e... atirou-lha!



Nada de transcendente, percebes? Mas a gente está a acostumar-se ao absurdo.



A ASSOE, quase todos os dias, faz incursão num supermercado e leva tudo para abastecer a cantina auto-gerida e gratuita... Isto poderia continuar durante muito tempo.



O custo de vida é altíssimo, os salários dos mais baixos na Europa. Já ninguém acredita no conto de fadas para crianças da democracia.



Costuma-se considerar a Grécia como algo "fora" da Europa, como choques no Líbano ou sei lá... Pode-se pensar o que se quiser, mas a Grécia está na Europa. Eu vivo aqui, fogo! Talvez seja um nervo destapado, mas faz parte do nosso sistema democrático. O que está a acontecer aqui leva a reflexões que deveriam envolver-nos a todos sobre o nosso sistema de governo a colapsar, até os EUA sentiram a necessidade estética de limpar-se a cara através da eleição de Obama.



A separação entre Estado e cidadãos aqui é concreta... podemos respirá-la no ar. A hostilidade das pessoas contra os policiais (deveriam ser os nossos anjos de guarda, mas aqui obviamente ninguém acredita)... O que se diz na Itália - os polícias são servos dos servos, o poder replica-se a si mesmo, o objetivo da política é obter votos, etc. - aqui se vê em concreto, devido a problemas estruturais gravíssimos que primeiramente a Grécia já não consegue esconder.



O mesmo que, de maneira mais sutil, se perpetua em cada país ocidental; e deveria fazer refletir que o incêndio esperava, há anos, por baixo das cinzas assim como em cada subúrbio da Europa. Mas a fagulha explodiu de repente, em poucas horas e sem nenhum aviso prévio.



Como se costuma dizer... O rei está nu...



E agora?



P.


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agência de notícias anarquistas-ana



O velho salgueiro

Inclinado sobre o lago

Resmunga baixinho.




Mary Leiko Fukai Terada

Anarquista chileno é assassinado - Mais um

Juan Cruz: vítima do jogo sujo dos aparatos repressivos na zona
Mapuche Chilena



Em memória de nosso irmão:

O companheiro Juan Cruz, jovem anarquista de 28 anos, faz vários meses que junto a sua namorada solidarizava-se ativamente com a luta empreendida pelos comuneiros da zona autônoma de Temucuicui. Hoje de madrugada, foi assassinado em conseqüência de um covarde disparo na nuca e até o momento a "justiça" não deu conta de identificar os culpados; na imprensa do capital, inclusive, chegaram a afirmar que havia sido morto em uma simples briga depois de uma "festa".



A verdade é que já faz vários dias que a Comunidade Autônoma de Temucuicui tem sido recorrentemente atacada por outros Mapuche portando armas de fogo. Juan, depois de participar no centro de Santiago, na terça-feira passada, de uma manifestação em apoio a seus irmãos e irmãs, decidiu viajar pela noite a Temucuicui devido a que sua
companheira havia sido agredida junto a outras mulheres da comunidade (entre elas a esposa do preso político Jaime Huenchullán) e ameaçada de morte por MIJAIL CARBONE QUEIPUL: essa foi a última vez que tivemos contato com nosso companheiro Juan.



O Estado e suas forças repressivas apesar dos brutais enfrentamentos (que no ano passado eram mensais), do amedrontamento constante, da prisão e da delação, não haviam conseguido frear o processo de recuperação de terras levado adiante dignamente pelas e pelos comuneiros da Comunidade Autônoma de Temucuicui, o que se tornou patente na necessidade de mudar de estratégia: utilizar os Mapuche "institucionalizados" para fazer o trabalho sujo, dedicando-se somente a contemplar tranquilamente como uma parte deste povo assassina a outra que luta. JUAN CATRILLANCA, MIJAIL CARBONE QUEIPUL e o resto de mercenários da "Comunidade" Ignacio
Queipul, foram às marionetes dos interesses da CONADI, do Estado Chileno e dos grandes latifundiários em uma das zonas mais intensas do conflito Mapuche. As ameaças de morte, os espancamentos, os ataques armados se repetiram por toda a semana, ainda que a polícia se faça de cega e quando se decidia atuar fazia em favor dos agressores. Não é difícil deduzir quem apertou o gatilho que assassinou o nosso irmão, os antecedentes estão à mão e a conclusão é evidente.



A situação em Temucuicui se tornou insustentável, pelo que nossa ativa solidariedade se faz necessária hoje mais que nunca, já que este conflito criado pelo Estado e o Capital pode piorar ainda mais. De nós depende que isto não ocorra.



JUAN "ORANGU" CRUZ TUA MORTE NÃO SERÁ EM VÃO!

NEM UM MINUTO DE SILÊNCIO, TODA UMA VIDA DE COMBATE.



O caixão será levado amanhã pelas 5h da tarde desde seu lugar na casa okupa "Los Carolinos" para ser velado toda a noite e deste lugar ir rumo ao cemitério El Prado de La Florida, onde será sepultado às 10h da manhã, desta quarta-feira.



Espera-se uma massiva despedida ao nosso compa Juan Cruz. Por que a luta continua e nada, nem ninguém, será esquecido!



MARRICHIWEW!!! YA YA YA YA!!!



Tradução > Juvei



agência de notícias anarquistas-ana



Breve serei pó
e, então, quando me pisares,
cobrirei teus pés.



Evandro Moreira


Veja o vídeo:


domingo, 7 de dezembro de 2008

Poesia Netchaievista Revolucionária

barricadas, molotovs

revolucionários netchaievistas

fiquem atentos, autoridades

eis aqui os anarquistas



lutar contra a forca coersiva

e a autoridade ilegitima

esta é a única oportunidade

para conservarmos as nossas vidas



Podem acionar o exércio,

podem acionar a polícia,

nossa luta é única

resistencia ao Estado fascista



lute contra o patrão

lute contra o salário

lute contra o mercado

mas mantenha o trabalho



trabalho, peça ultra-fundamental

para a organização social

erguemos, de hoje em diante

a relação horizontal



sem autoridade,

sem hierarquia,

sem Estado,

Fora Fascistas!



Queremos a autogestão

queremos nos desenvolver

quando melhor nos vier

sem a necessidade de sofrer



sofrer no mercado de trabalho

quando uma vez, desempregado

quando outra,

ao patrão subestimado



ninguém melhor que os trabalhadores

para saberem o que necessitam

não há o porque

que a autoridade exista



fora! Fora! Fora!

Fora fascistas!

Odiamos vocês

inimigos dos anarquistas



chegara, chegara, chegara

cada burgues

sua bomba receberá

já gritava buenaventura durruti

o qual tinha como virtude lutar



lutar pelo povo,

lutar pelo explorado,

lutar pelo pobre,

que pelos ricos é excomungado



lutar contra a burguesia

lutar contra o Estado

lutar pela emancipacao

do ploretariado!



Autogestão!

Horizontalidade!

Apoio-mútuo!

Responsabilidade!



LIBERDADE!



LIBERDADE!



Ao povo,



FRATERNIDADE!



LIBERDADE!



LIBERDADE!



Que erguem-se as barricadas,

Contra a autoridade!




Netchaievistas,



Netchaievistas,




A ação direta vos espera,

assim como o rato é a caça do gato,

a autoridade é o vosso alvo!

sábado, 4 de outubro de 2008

A Revolução só é Possível com a Conscientização

Revolução não é um ato que alguém a faz, a dirige, quando bem querer, quando achar melhor. Não. Uma revolução anarquista será de fato uma revolução bem sucedida, porque para esta realizar só é possível através da conscientização popular, ou seja, só é possível do povo, pelo povo.






Uma revolução anarquista não visa um pós-estado ditatorial, então não quer chegar à autonomia através do poder; uma revolução anarquista não é reformista, pois acreditamos e temos a convicção que o governo é corrupto, corrosivo, e apenas interfere na liberdade individual; a revolução anarquista é algo além. Assim como Errico Malatesta já havia dito, para vivermos em anarquia há de sabermos ser anarquistas. E a revolução anarquista é feita por indivíduos conscientizados pelo ideal revolucionário de emancipação popular, e pelo ideal libertário e autônomo de nos organizarmos em uma sociedade anarquista.






Então, é possível eclodir uma revolução anarquista em três aspectos:




Se nossa propaganda for intensa, trazendo adeptos ao ideal revolucionário libertário, ou mesmo não necessariamente apenas trazê-los, mas disponibilizar o ideal no cérebro do conformado, informação no desinformado e auto-estima no derrotado, fazendo com que estes não ridicularizem ou tenham uma visão de baderneiros, vagabundos dos anarquistas. E essa propaganda, além de distribuir informações do nosso cotidiano corroído, dessa injustiça em que vivemos, e aplicando o ideal anarquista, através do diálogo, através de mutirões organizados de propaganda, dentre outros meios que possam ser pensados pelos anarquistas, como também praticar a anarquia hoje em dia, isto é, praticar a autogestão. Criar pequenos núcleos “autogestionados” como exemplo da possível existência de uma sociedade anarquista, sem a necessidade de Estado, governo, leis, autoridade, etc., somado com a propaganda do diálogo, dos mutirões (já ditos acima), fazendo o indivíduo pensar mais sobre o assunto, ter um raciocínio além das fronteiras decretadas pelas autoridades, pelos governantes, e é o que elas não querem, elas não querem os indivíduos raciocinando. Querem encher o ser humano de falsas concepções, de culturas medíocres, de falso luxo, falsa felicidade, falsa liberdade. Outras idéias de propagandas são bem-vindas, restringir à uma, ou à outra, ou seria mais difícil, ou fracassaríamos. As idéias de propaganda do ideal giram em torno uma das outras, sempre uma irá completar a outra, e vice-versa, como exemplo a propaganda de diálogos, mutirões, que somados com a aplicação da autogestão, são mais precisas e mais eficazes que apenas uma; somente os diálogos e mutirões seria muito esforço para pouca repercussão, mobilização e desenvolvimento do raciocínio; somente a aplicação da autogestão seria fraco, pois são pequenos núcleos, e, a única forma de propaganda seria a mídia capitalista, a qual iria somente dizer mau, ou nem tocar no assunto. Então, mais e mais idéias de propaganda são bem-vindas e necessárias para uma boa mobilização popular.






Se, através da propaganda, nós vermos que houve uma favorável mobilização popular, e várias pessoas se aderiram, ou mesmo deixaram de descriminalizar e passaram a apoiar, seja da forma que for, podemos aplicar a ação-direta como um passo à revolução. Até na ação-direta devem ser aplicadas as propagandas - propaganda é algo especialmente necessário em qualquer das hipóteses, compreendendo como propaganda pós, ao decorrer e pró ação-direta como conscientização sobre o porquê que estaríamos fazendo tal ato -. A ação-direta deve ter toda uma organização para praticarmos o ato com excelência, e ter toda a tática de militância no ato, como precauções, mais de um plano para orientar a ação, etc. Depois de intensas ações-diretas, com toda certeza de repressão policial, com base na propaganda de descriminalização do Estado pelo povo, sendo aquele um órgão opressor, falso-democrático, quem já apoiaria o ato cresceria sua revolta, quem ainda não apoiava, seria mais um motivo para apoiar, e nos fortificar cada vez mais.






Com base nesses dois métodos pré-revolucionários (até em outros meios de organização e prática emancipacionista), e revoltando cada vez mais o povo, a revolução estaria cada vez mais perto, porém não tão perto, ainda um pouco longe. E para chegarmos lá, todo esse processo há de ser realizado, e ambos métodos serão realizados a longo prazo, e é por isso que há a necessidade de entregarmos nossas vidas para a luta pela nossa emancipação. Os métodos pré-revolucionários resultarão na revolução somente se estiverem em completa e natural harmonia, não restringindo à uns, ou à outros; dessa forma, a revolução não triunfará.






Apenas com o povo conscientizado sobre as questões sociais atuais, e como poderíamos viver na democracia-direta, autogestão, com responsabilidade, respeito, e consciência de que o apoio-mútuo nos faz progredir mais que a luta-mútua, é que a chama de revolta do povo se ascenderá, e seremos, uns e os outros, nós, o povo, seremos a nossa lenha, para a chama crescer e destruir os órgãos opressores, os castelos de gelo produzidos com nossos antigos pensamentos, culturas, e idéias fúteis de relacionamento.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Você se uniria com Socialistas?

Talvez.

Poderíamos ver o que dava tal união contra o capitalismo, mas o socialismo é contra o capitalismo, principalmente, eu não tenho um sistema o qual mais sou contra, ou apenas um que sou contra, mas sim, todo e qualquer sistema repressor, que haja estado. E socialismo é a supremacia do estado.

Digo que tenho uma tendência a ser mais extremo liberal, ou mesmo anarco-capitalista, (ausência total do estado na economia) que socialista, mas isso não quer dizer que não sou contra o liberalismo extremo, anarco-capitalismo, pois há dinheiro, patrão, poder.

Acho que eu poderia me unir contra o sistema, independentemente da visão socialista, assim como Malatesta disse:

"[...] Devemos nos posicionar com os republicanos, os social-democratas e todo partido antimonarquista para derrubar a monarquia. Mas devemos ser, enquanto anarquistas, pela anarquia, sem romper nossas forças nem confundi-las com a dos outros, sem fazer compromissos para além da cooperação na ação militar."
Escritos Revolucionários
Dizendo sobre derrubar a Monarquia na França.

Vejo uma opção de união, mas como Malatesta disse, pela anarquia e sendo Anarquistas, em qualquer ocasião.

Podemos não trazer tal ato à nossas causas, mas cresceremos, com certeza.

Temos de observar, também, que estamos em pleno século XXI, o qual já não existe monarquia da forma de antigamente, e também não vejo mais esquerdistas lutarem pela sua supremacia, e sim chegarem através de partidos políticos. Os tempos de hoje, penso eu, não combinam mais com "revolução armada", "destruição do estado através da ação-direta", mas sempre haverá lutas, e os socialistas sempre estarão presentes (enquanto o estado não for totalmente socialista), e nós, também estaremos presentes, mas com pretensões totalmente diferentes. Essa união pode sim refletir hoje, em alguma luta contra a opressão.

E, será que, se houver a mudança, para socialismo, na América Latina, através da política, votos (o que eu acho que está bem próximo), os anarquistas lutarão contra tal sistema?

Eu vou, com toda certeza. Só porque eu uni contra o capitalismo não quer dizer que sou a favor do Socialismo. Tal união minha foi contra a opressão do sistema.

E é isso que vejo como uma posição ruim da união: Se o socialismo crescer, a esse tamanho, por mim, não irá trocar nada. Um é a ditadura do dinheiro, outro é a ditadura de uma classe social que considero, como todas as outras, ridícula. Eu não quero uma classe social no poder, e sim a ausência de poder.

É uma questão vulnerável, que deve ser pensada mais.


Qual a sua opinião?

O que acha do socialismo?

Unir-se-ia com eles?


"Liberalismo e Socialismo

Pode-se considerar o anarquismo como um desenvolvimento quer do liberalismo, quer do socialismo, quer dos dois. Como os liberais, os anarquistas querem a liberdade: como os socialistas, querem a igualdade. Mas só o liberalismo ou só o socialismo não os satisfaz. A liberdade sem igualdade significa que os pobres e os fracos são menos livres que os ricos e os fortes e a igualdade sem liberdade significa que somos todos escravos em conjunto. A liberdade e a igualdade não são contraditórias, mas complementares: em vez da velha polarização liberdade-igualdade segundo a qual mais liberdade significaria menos igualdade e vise-versa , os anarquistas fazem notar que, na prática, não se pode ter uma sem outra. A liberdade não é autêntica se alguns forem demasiado pobres ou demasiado fracos para dela gozarem e a igualdade não é autêntica se alguns forem governados por outros. A contribuição decisiva dos anarquistas para a teoria política é a constatação de que liberdade e igualdade são afinal de contas a mesma coisa."

Nicolas Walter - Do Anarquismo