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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Um Pouco Sobre Comunismo Libertário - Resumo Introdutório

Consideramos, pois, um texto bastante resumido sobre o tema. Logo, as informações aqui presentes não são únicas e todas que se podem obter sobre o assunto.

Comunismo (ou mesmo socialismo, que aliás, melhor se aplica aqui) libertário é a vertente anarquista da tradicional esquerda proletária, compreendendo-se como tradicional esquerda proletária o real socialismo nascido na primeira metade do século XIX com a ascensão do industrialismo e do pensamento liberal e capitalista burguês.

Apartir de então, os trabalhadores, extremamente humilhados e explorados nas fábricas, algo, digamos, "novo" para o ser humano, com seu primeiro contato com as fábricas e as consequencias do ideal burguês, se rebelaram e começaram a defender a sobrevivência de sua classe e também os anseios coletivos.

Nasceu, logo, o socialismo, ideal trabalhador que visava a socialização dos meios de produção, tornando-os posse de todos os trabalhadores, para pôr fim à exploração do patrão e das desigualdades sociais. Já no final da primeira metade e início da segunda metade do século XIX, Karl Marx, um tradicional socialista, chegou à conclusão que era necessário para a emancipação proletária os trabalhadores tomarem o Estado e fazer deste arma para a revolução. O objetivo então obteve o nome de "comunismo", e a transição, fase estatal, "socialismo".

Alguns muitos socialistas discordaram das teses marxistas e, então, desenvolveram o socialismo libertário, com os mesmos objetivos, porém sem a intevernção estatal, considerando isto não mais uma arma revolucionária, pelo contrário, um grande obstáculo para a emancipação.

Com o decorrer do tempo, o ideal socialista marxista, ou mesmo apenas socialista, fora aplicado no campo reformista, isto é, muitos socialistas passaram a acreditar que a conquista do Estado seria mais viável por via das eleições, distanciando-se mais ainda com o ideal revolucionário. Apartir de então, muitos oportunistas declararam-se socialistas apenas para lutar pelo poder politiqueiro.

E, enquanto isso, como não poderia ser corrompido por gananciosos, em virtude de não ter nenhuma relação com poder, o socialismo libertário continuou com a luta proletária (isso não implica que o socialismo marxista não tenha continuado também com a luta proletária), porém com ideais de liberdade, autogestão e democracia direta como base a horizontalidade (sem nenhum nível hierárquico).

Desde o final do século XIX até os dias de hoje, com as tentativas de prática socialista marxista, tal como URSS, Cuba, Espanha (mesmo este não sendo um país de grande movimentação socialista marxista) e até mesmo no Brasil com o PCB, os então líderes socialistas oprimiram bastante os libertários, atacando-os violentamente oprimindo e desestruturando o movimento operário anarquista. Na URSS Trotsky, Lênin e Stálin tiveram (ao menos) este ponto em comum, oprimir o exército makhnovista do sul do país; Em Cuba, ao tomar o poder, Fidel iniciou uma dura represália ao então fortíssimo movimento operário socialista libertário; na Espanha os marxistas estavam no poder com uma política instável e vulnerável à ataques reacionários e fascistas de Franco, então os anarquistas (mais de um milhão de operários) tomaram as fábricas e várias cidades espanholas implantando a autogestão com receio de Franco atacar, o que aconteceu e resistiram mais de um ano (em meio à autogestão operária resistiram ao fascismo, nazismo, capitalismo, Igreja e ao socialismo da URSS); no Brasil, o maior movimento operário, desde seu início até a década de 30 era o anarcossindicalismo, quando, com a criação do PCB e o nascimento do Estado Novo fora oprimido violentamente tornando-se totalmente fraco; dentre outros fatos.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Você se uniria com Socialistas?

Talvez.

Poderíamos ver o que dava tal união contra o capitalismo, mas o socialismo é contra o capitalismo, principalmente, eu não tenho um sistema o qual mais sou contra, ou apenas um que sou contra, mas sim, todo e qualquer sistema repressor, que haja estado. E socialismo é a supremacia do estado.

Digo que tenho uma tendência a ser mais extremo liberal, ou mesmo anarco-capitalista, (ausência total do estado na economia) que socialista, mas isso não quer dizer que não sou contra o liberalismo extremo, anarco-capitalismo, pois há dinheiro, patrão, poder.

Acho que eu poderia me unir contra o sistema, independentemente da visão socialista, assim como Malatesta disse:

"[...] Devemos nos posicionar com os republicanos, os social-democratas e todo partido antimonarquista para derrubar a monarquia. Mas devemos ser, enquanto anarquistas, pela anarquia, sem romper nossas forças nem confundi-las com a dos outros, sem fazer compromissos para além da cooperação na ação militar."
Escritos Revolucionários
Dizendo sobre derrubar a Monarquia na França.

Vejo uma opção de união, mas como Malatesta disse, pela anarquia e sendo Anarquistas, em qualquer ocasião.

Podemos não trazer tal ato à nossas causas, mas cresceremos, com certeza.

Temos de observar, também, que estamos em pleno século XXI, o qual já não existe monarquia da forma de antigamente, e também não vejo mais esquerdistas lutarem pela sua supremacia, e sim chegarem através de partidos políticos. Os tempos de hoje, penso eu, não combinam mais com "revolução armada", "destruição do estado através da ação-direta", mas sempre haverá lutas, e os socialistas sempre estarão presentes (enquanto o estado não for totalmente socialista), e nós, também estaremos presentes, mas com pretensões totalmente diferentes. Essa união pode sim refletir hoje, em alguma luta contra a opressão.

E, será que, se houver a mudança, para socialismo, na América Latina, através da política, votos (o que eu acho que está bem próximo), os anarquistas lutarão contra tal sistema?

Eu vou, com toda certeza. Só porque eu uni contra o capitalismo não quer dizer que sou a favor do Socialismo. Tal união minha foi contra a opressão do sistema.

E é isso que vejo como uma posição ruim da união: Se o socialismo crescer, a esse tamanho, por mim, não irá trocar nada. Um é a ditadura do dinheiro, outro é a ditadura de uma classe social que considero, como todas as outras, ridícula. Eu não quero uma classe social no poder, e sim a ausência de poder.

É uma questão vulnerável, que deve ser pensada mais.


Qual a sua opinião?

O que acha do socialismo?

Unir-se-ia com eles?


"Liberalismo e Socialismo

Pode-se considerar o anarquismo como um desenvolvimento quer do liberalismo, quer do socialismo, quer dos dois. Como os liberais, os anarquistas querem a liberdade: como os socialistas, querem a igualdade. Mas só o liberalismo ou só o socialismo não os satisfaz. A liberdade sem igualdade significa que os pobres e os fracos são menos livres que os ricos e os fortes e a igualdade sem liberdade significa que somos todos escravos em conjunto. A liberdade e a igualdade não são contraditórias, mas complementares: em vez da velha polarização liberdade-igualdade segundo a qual mais liberdade significaria menos igualdade e vise-versa , os anarquistas fazem notar que, na prática, não se pode ter uma sem outra. A liberdade não é autêntica se alguns forem demasiado pobres ou demasiado fracos para dela gozarem e a igualdade não é autêntica se alguns forem governados por outros. A contribuição decisiva dos anarquistas para a teoria política é a constatação de que liberdade e igualdade são afinal de contas a mesma coisa."

Nicolas Walter - Do Anarquismo