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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Projeto de Bases de Acordo para Formação de Núcleos Libertários

JustificarDocumento 6 - Retirado de: Documentos Sobre o Anarquismo - Edgar Rodrigues

Projeto de Bases de Acordo para Formação de Núcleos Libertários

Declaração de Princípios

Considerando que a situação dos trabalhadores e dos camponeses na sociedade capitalista será sempre de miséria e exploração enquanto existir a burguesia e o Estado;

Considerando que nenhuma tutela estranha libertará os oprimidos da cidade e do campo dos parasitas que vivem do seu esforço nem dos burocratas e governantes que lhes impõem a sua vontade;

Considerando que todos os partidos políticos, sem excepção, não são outra coisa mais que engrenagens da máquina religiosa-capitalista e governamental que tritura os verdadeiros produtores da riqueza social usurpada pelos seus representantes;
Os companheiros de ..................Reunidos no dia......de...................... resolvem:
Deixar constituído, por decisão unânime dos seus componentes, o grupo (ou núcleo) com o nome de.................................
Este grupo se propõe a:

1º - Consagrar pela auto-educação e recíproca influência dos seus membros a mais firme e maior capacitação de todos e de cada um dos seus componentes.

2º - Trabalhar no sentido de que o nosso pequeno núcleo se converta em um centro de irradiação de uma intensa e perseverante propaganda tendente à elevação intelectual e moral dos trabalhadores e de todas as pessoas, sem distinção de sexo nem condição social, que se interessem por sua cultura, pela sua dignidade e pela emancipação de todos os oprimidos.

3º - Propiciar a luta espontânea e desinteressada de todos os espíritos livres contra o obscurantismo religioso, contra a exploração capitalista e contra a opressão governamental.

4º - Propagar incessantemente pela palavra, pela escrita e pela associação de vontade, na luta contra as instituições do Estado e contra as rapinas do capital, uma sociedade harmônica e solidária edificada pela livre inteligência dos produtores, uma vez destruídas as instituições burguesas e o Estado em qualquer das suas formas e com qualquer denominação.

O capitalismo está baseado numa injustiça histórica; a propriedade privada, o roubo, em proveito de uns poucos, da riqueza social. O Estado é cimentado numa monstruosidade secular; a dominação do homem pelo homem, a anulação da personalidade humana, o desconhecimento da vontade individual.

O Estado, qualquer que seja a sua forma e o seu nome é um conjunto de instituições violentas cuja missão é defender o capitalismo ou expropriar a este em benefício das castas governantes.

Em qualquer dos casos a condição dos povos será sempre idêntica: render o duplo tributo de obediência e de trabalho.

É por isso que nos declaramos inimigos de todo parasitismo, tanto no aspecto religioso como no aspecto econômico e social. Desconhecemos e declaramos como oportunismo politiqueiro toda e qualquer propaganda que, em nome da palavra "socialismo" e de "comunismo", tenda a servir-se dos operários e camponeses como rebanho eleitoral. A nossa finalidade imediata é bem clara e precisa; lutar unidos com todas as boas vontades contra a injustiça social e procurar a superação incessante pela elevação dos sentimentos e conhecimentos de seus deveres e direitos em cada membro da sociedade.

Fins

Tendo em vista a necessidade que há de articular a obra de propaganda libertária, este grupo se propõe:

a)- Promover, por todas as formas, a divulgação de jornais, livros e folhetos em geral.

b)- Para isso o grupo procurará reunir as pessoas que tenham afinidades ideológicas, promovendo e auxiliando a união de todos os elementos libertários em núcleos de afinidades, mantendo entre si os laços de solidariedade.

c)- Tomará iniciativas referentes à convocação de reuniões públicas e privadas, conferências e outros atos de propaganda, que procurará elevar as localidades vizinhas, auxiliando, quando necessário a organização de grupos afins em todas as partes onde possam atuar os seus componentes.

d)- Deverá quando possível, fundar uma biblioteca de estudos sociais, entrando em relações de grupos, centros operários, jornais, etc., no sentido de obter os meios necessários a esse fim.

e)- Deverá, sempre que possa, promover a organização dos trabalhadores em sindicatos de ofícios vários, e tomará parte direta nas organizações de outras tendências, quer sejam reformistas, sindicalistas ou beneficentes, procurando fazer com que as mesmas se orientem pelos métodos de ação direta na luta contra o Estado e o Capital.

Da Administração

O grupo será administrado por:

a)- Um secretário de correspondência, a quem cabe corresponder-se com os jornais e outros núcleos afins.

b)- Um tesoureiro, a quem cabe arrecadar e remeter ou pagar os jornais, impressos e outras despesas.

c)- Um bibliotecário a quem cabe auxiliar os primeiros e esforçar-se pela aquisição de livros, folhetos e jornais libertários, sociológicos e educativos.

Parágrafo Único - O grupo não se dissolverá enquanto existirem três membros que se disponham a mantê-lo com a mesma orientação.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

RESPONSABILIDADE, COMPROMETIMENTO E AUTODISCIPLINA

Retirado de: Libera - No. 137 - Ano 17 - JAN-JUN/2007 - FARJ - Federação Anarquista do Rio de Janeiro

A questão da responsabilidade, do comprometimento e da autodisciplina é motivo de debate
e de divergências no chamado “meio libertário”. Desenvolvemos nas próximas linhas, um pouco do que pensamos sobre isso, colocando nossas posições. Ideal Peres, já há algum tempo, afirmou: “Um sujeito que tem uma Ética Libertária sabe por que está lutando e consegue explicar os motivos ideológicos da luta, tem compromissos e autodisciplina para levar a cabo as tarefas assumidas”.

Ele expressou, em uma só frase, uma série de opiniões de suma importância para nós. Enfatizava ele, antes de tudo, uma importância da consciência do militante com relação aos motivos da luta. O militante anarquista é um sujeito que participaativamente de todas as discussões que se dão no âmbito da organização e conhece o contexto em que está lutando. Dele, espera-se que se nvolva com as discussões que acontecem, colocando-se, discutindo as melhores saídas para as questões apresentadas e interferindo nos rumos táticos e estratégicos adotados pela organização. É por isso que todos os militantes devem ter a clareza do por que se luta, contra o quê se luta e em favor de quê se luta.

Quando Ideal Peres falava de compromisso e autodisciplina, ele dizia fundamentalmente um compromisso individual para com as decisões coletivas. Mas como funciona isso? É muito comum em organizações que se dizem horizontais e apartidárias, um descompromisso muito grande dos militantes com relação às questões de compromisso e autodisciplina. Um exemplo disso é a grande quantidade de pessoas que freqüentam reuniões (de grupos que são relativamente abertos), dando opiniões sobre assuntos que desconhecem ou assumindo responsabilidades, sabendo que poderão não cumpri-las. É muito comum que essas pessoas não mais apareçam nas próximas reuniões e nem cumpram com aquilo que prometeram, alegando que não puderam, por um motivo ou por outro, ou nem mesmo dando satisfação ao coletivo.

O pior de tudo é que muitas dessas pessoas, ao serem cobradas, sentem-se ainda vítimas de algum tipo de autoritarismo. Para nós, o que acontece é que há uma inversão de valores ao se julgar determinado tipo de comportamento em que o autoritário – ou seja, aquele que se comprometeu com algo perante o coletivo e não cumpre – julga-se vítima do autoritarismo.

O “compromisso e a autodisciplina para levar a cabo as tarefas assumidas” ressaltados por Ideal Peres fogem radicalmente do modelo apresentado acima. Neste tipo de atitude de compromisso e autodisciplina, concordamos com Ideal que, dentro da organização, deve haver um grande espaço para todas as discussões e todos os pontos de vista devem ser analisados com todo o cuidado e, como dissemos acima, ter o mesmo “peso” nas tomadas de decisão da organização.

Nessas reuniões, são deliberadas todas as atividades que a organização fará, o que significa dizer que seus membros as realizarão. Afi nal, a organização não faz nada por si só. Ela não tem cérebro, braços e pernas para poder executar as atividades que são deliberadas em seu seio. É por isso que todas as atividades que se deliberar e que forem de responsabilidade da organização terão, de um jeito ou de outro, de ser executadas pelos seus membros. Era sobre isso que Bakunin se posicionava, ainda no século 19, discutindo a questão da disciplina:

“[...] certa disciplina, não automática, mas voluntária e refl etida, estando perfeitamente em cordo com a liberdade dos indivíduos, foi e será necessária, sempre que muitos indivíduos, livremente unidos, empreendam um trabalho ou uma ação coletiva qualquer. Esta disciplina não é mais do que a concordância voluntária e refletida de todos os esforços individuais para um fim comum. No momento da ação, no meio da luta, os papéis dividem-se naturalmente, de acordo com as aptidões de cada um, apreciadas e julgadas por toda a coletividade: uns dirigem e ordenam, outros executam ordens. Mas nenhuma função se petrifi ca, nem se fixa e não fica irrevogavelmente ligada a qualquer pessoa.

Os níveis e a promoção hierárquica não existem, de modo que o comandante de ontem pode ser o subalterno de hoje.

Cabe aqui abrir um parêntese para dizer que, da mesma forma que não existe um “espírito da organização” que resolve problemas e que desenvolve as tarefas. É fundamental, no momento em que as decisões forem tomadas, que se dividam as responsabilidades, ficando os membros formalmente responsáveis por sua execução. Acreditamos na necessidade de se dividir as atividades entre os militantes, buscando sempre um modelo que distribua bem essas atividades e que fuja da concentração de tarefas sobre os membros mais ativos ou capazes. A partir do momento em que um militante assume uma ou mais tarefas para com a organização, ele tem a obrigação de realizá-la e uma grande responsabilidade perante o grupo com relação a essa(s) tarefa(s). É a relação de compromisso que o militante assume com a organização. Como as discussões no seio da organização são amplamente democráticas e ninguém assume as tarefas porque é obrigado, cada compromisso é um compromisso assumido por iniciativa do próprio militante, sendo de sua completa responsabilidade.

Não acreditamos que a cobrança, por parte da organização, das responsabilidades assumidas pelo militante seja algo autoritário. Ela deve existir e, se acontecer dessa irresponsabilidade ou falta de compromisso ser constante, deve haver uma conversa franca dos outros militantes com ele, a fi m de resolver a questão e não prejudicar os trabalhos da organização.

A autodisciplina é o motor da organização autogestionária. Como em uma organização desse tipo – o que é o nosso caso na FARJ – não há chefes que “cobram” os funcionários ou a base para a execução das tarefas, cada um que assume uma responsabilidade deve ter disciplina o suficiente para executá-la. Da mesma forma, quando a organização etermina uma linha a seguir ou algo a se realizar, é a disciplina individual que fará com que aquilo que se deliberou coletivamente se realize. Não deve haver necessidade de cobrança, pois se espera que cada um no grupo cobre-se para a realização das tarefas determinadas na organização, mas o indivíduo deve satisfação à organização, devendo informá-la do andamento das atividades sob sua responsabilidade e quando não as realizar, explicar ao coletivo o motivo, podendo ser cobrado por isso. Quando há problemas no andamento das atividades de um membro ou outro, a organização pode “cobrar” os responsáveis pelo andamento das atividades, também com o objetivo de não prejudicar os trabalhos e a luta. Obviamente que a forma dessa cobrança deve estar dentro dos critérios de respeito mútuo e da ética anarquista.

Errico Malatesta, ao discutir a questão da disciplina, em 1920, tratou-a da seguinte forma: “Disciplina: eis a grande palavra da qual se servem para paralisar a vontade dos trabalhadores conscientes. Nós também pedimos disciplina, porque, sem entendimento, sem coordenação dos esforçosde cada um para uma ação comum e simultânea, a vitória não é materialmente possível. Mas a disciplina não deve ser uma disciplina servil, uma devoção cega aos chefes, uma obediência àquele que sempre diz para não se mexer. A disciplina revolucionária é a coerência com as idéias aceitas, a fi delidade aos compromissos assumidos, é se sentir obrigado a partilhar o trabalho e os riscos com os companheiros de luta.”² (grifos nossos)

É relevante observarmos os comentários de Malatesta, concordando que essa disciplina e essa cobrança não devem seguir o modelo autoritário, tanto de opressão dos membros do grupo quanto pela forma dessas cobranças, que, conforme mencionamos, também devem considerar o respeito e a ética entre os membros do grupo. É uma grande preocupação diferenciarmos a autodisciplina que aqui pregamos da disciplina militar, exploratória e opressora em sua essência e que, de nosso ponto de vista, não segue rumos diferentes do que os outros autoritarismos que bem conhecemos.

Esses elementos, hoje e sempre, são fundamentais para a realização das atividades de qualquer organização que se diga séria e que tenha objetivos de transformação social. Ressaltamos que o nosso trabalho não pode ser algo que se dê pontualmente e que podemos fazer às vezes, quando nos der vontade. O compromisso que estabelecemos, como organização, exige que tenhamos responsabilidade pela constância de nossas ações. Isso muitas vezes é duro, pois as batalhas são, muitas vezes, perdidas. É a vontade e o compromisso militante que farão com que caminhemos dia após dia, para o desenvolvimento das atividades da organização e para que possamos superar os obstáculos e preparar terreno para nossos objetivos de longo prazo. É desta maneira que entendemos poder caminhar rumo à liberdade.

A FARJ busca fazer desses três elementos – responsabilidade, comprometimento e autodisciplina – fortes característica de nossa organização. Este artigo é uma versão reduzida de “Reflexões sobre o Comprometimento, a Responsabilidade e a Autodisciplina”, publicado em nossa revista Protesta!, número 4, de 2007.

Notas:

1 Mikhail Bakunin. Império Knuto-Germânico.
Retirado de Frank Mintz. Bakunin: críctica y acción.
Buenos Aires: Colección Utopia Libertária pp. 74-75.

2 Errico Malatesta. Anarquistas, Socialistas e Comunistas. São Paulo: Cortes p. 24.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Cooperativismo - Pratique, cresça!


Muito se desgasta em grandes empresas em busca de uma estabilidade econômica, um bom salário, sempre esperando a boa vontade do patrão e a louca economia capitalista. Mas, por que não começar uma cooperativa com pessoas sérias e que têm o mesmo pensamento?



Para que se desgastar e ser explorado constantemente, todo mês? Para que pagar aos outros que você trabalhe!? Isso mesmo, você paga por trabalhar.



Deixe de ser explorado, invista em cooperativas. Um vídeo explicativo, assista:






Entendeu?


Você formará com outras pessoas uma empresa, a qual não teria níveis hierárquicos de organização e administração, tendo cada um sua função específica e decidida por todos e todos realizando a administração e organização econômica, do modo de trabalho e do ambiente de trabalho. Isso irá trazer uma harmonia no trabalho, satisfação em saber que não está sendo explorado, que tudo que você faz tem o SEU valor, um certo prazer em trabalhar e se unir à outras pessoas sem a intenção de sempre sobrepor o próximo, mas sim com a intenção de todos, juntos, crescerem.



Afinal, você prefere ser explorado e subjulgado à várias coisas, tais como carga horária pesada, constantes ordens do patrão que visam somente o seu lucro, más condições de trabalho, etc.?



Pense, um novo mundo é possível, e está muito mais próximo que imaginamos, basta termos atitude.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Economia Anarquista


No texto "Sistema de Trocas em Ordem Natural", que publiquei neste blog em agosto de 2008, eu propus algo já proposto por Proudhon, porém bem menos desenvolvido, que é o contrato social como base das relações. Eu ainda cheguei a mencionar "Este é meu início do estudo e pensamento econômico. Espero que não assustem caso eu mude de opinião tão fácil, o que pode ser muito improvável." Pois é, estou aqui propondo outro sistema de troca, agora baseado em uma moeda para a organização e estabilidade da economia e das relações sociais, muito distante da economia capitalista e da economia socialista autoritária [1].



É muito importante realçar que a economia capitalista baseia-se não só no capital, mas também - e estes com mais importância - na propriedade privada, na concorrência de mercado, iniciativa privada, trabalho assalariado (relações patrão x trabalhador), tendo consequências tais como ganância, exploração, desigualdades - que, como outra consequência, crimes, assaltos, assassinatos, sequestros -, etc. É claro, tudo gira em torno do capital. Mas não é correto afirmar que uma economia com moeda de trocas é obviamente "capitalismo". Por exemplo, no socialismo autoritário, mesmo sendo algo que é em todos os aspectos e em suas raízes ideológicas contra o capitalismo, há a moeda de trocas.



A minha concepção baseia-se e uma estabilidade proporcionada devido à queda do capitalismo e do Estado interferindo nas relações do povo, dos indivíduos. A organização do trabalho seria feita pelos próprios trabalhadores - ora, se no capitalismo, que é super concorrido, eles sustentam eles próprios, os burgueses, e os políticos, porque em estado de autogestão e realização do trabalho com menos carga horária e stress eles não se sustentariam? -, ou seja, continuariam os trabalhadores a trabalhar, a exercer sua função na sociedade, formando cooperativas, para substituir as empresas. As empresas capitalistas são formadas pelo patrão e pelos trabalhadores, e os trabalhadores gerando a riqueza para o patrão e tirando o seu sustento; as cooperativas, uma vez que não possuem níveis hierárquicos econômicos, ou seja, não possuem patrão, os trabalhadores iriam administrar a carga horária e o que gerou de trabalho e troca no - por exemplo - mês. As cooperativas, em questão de relação, funcionariam semelhante às empresas que tanto conhecemos: efetuariam e estabeleceriam os preços dos resultados do trabalho, colocariam no mercado, ao mesmo passo que as outras fariam o mesmo. Por exemplo: temos a cooperativa alimentícia, a cooperativa de água, e a de vestimentas. Ao mesmo passo que uma produziria e disponibilizaria o seu trabalho no mercado, as outras também o fariam, onde efetuaríamos compras - com o que ganhamos com nosso trabalho - formando um elo econômico autogestionário.



Podem achar que isto é o que acontece hoje em dia, mas não é exatamente assim. É lógico que será em grandes proporções, grande escala, pois não existiriam somente três cooperativas. A diferença básica é que, com a ausência do capitalismo e do intervencionismo [2], os poderes ilícitos que impedem o povo se desenvolver sozinho, que são os patrões e as autoridades desnecessárias, seriam de fato abolidos. O trabalhador se regia sozinho, ele administraria seu trabalho e o fruto de seu trabalho em conjunto com aquele que formou a cooperativa, e com uma organização interna horizontal [3] e transparente [4], haveria a divisão dos gastos e a definição dos ganhos à cada trabalhador da cooperativa. Isso seria difícil de um extorquir dinheiro, uma vez que ninguém teria um cargo mais alto destinado à administração econômica.



O fluxo econômico seria sempre estável, pois não existiriam iniciativas privadas lançando créditos inexplicáveis e proporcionando, posteriormente, quedas vertiginosas da economia e deixando cada vez mais o povo na miséria. Em economia capitalista, uma economia louca que dizem que é natural, eu não tenho muita noção - e nem quero -, porém sabemos, temos a experiência do que a economia natural e harmônica nos proporciona. A moeda seria constantemente trocada (como no capitalismo), e, como não existiriam intenções de lucros exorbitantes (como no capitalismo), garantiria uma estabilidade econômica. Ora, é apenas uma moeda de troca, nada mais.



Chegou uma dúvida certa vez, que era "como, então, já em funcionamento tal economia, começar uma nova cooperativa?". Isto tomou-me certa dúvida, mas com certeza será esclarecido. Eu, a princípio, pensei que seriam doadas as bases para a criação, mas, como em uma empresa capitalista, a pessoa associara à uma cooperativa, organizaria suas economias, e formaria o projeto em conjunto com aqueles(as) que gostariam de começar um novo projeto, e com base no apoio-mútuo (já que seria de interesse geral a criação), começariam a nova cooperativa. Isso esquentaria a economia, daria mais uma alternativa de trabalho e mais uma alternativa de podermos ter algo que antigamente não tínhamos. Então, o incentivo das demais cooperativas é sempre necessário, mas não o principal.



Tais relações livres, proporcionariam ao trabalhador um certo prazer, primeiro por ele saber porque trabalha, para quem, e como; segundo por ele ter autonomia para trabalhar e decidir sobre seu trabalho; segundo por ele ter a convicção de que não está sendo extorquido, roubado, explorado, e que, o seu trabalho, que antes sustentava ele, os ricos e os políticos, agora está sustentando somente ele, ou seja, triplicando seus ganhos. Essa liberdade de associação, essa real liberdade, liberdade individual, garante uma igualdade social que nunca será estabelecida por uma ou milhares de leis burocráticas estatais. E é isso que vou condenar agora.



Tenho que esclarecer sobre a diferença ao socialismo autoritário. Difere, além da autoridade desnecessária já mencionada antes, na intervenção do Estado. O Estado, em lei, diz que garante a igualdade, mas fere a liberdade. Seria uma espécie de obrigação sermos iguais. Ganharíamos o mesmo, iríamos consumir o mesmo, tudo em administração do Estado. Isso, além de ferir a liberdade (como disse), e em conseqüência o povo, a autoridade intensa do Estado e dos chefes de estado, ou seja, os líderes, com toda certeza desencadearia em um abuso da direção sobre o povo, tornando este apenas uma marionete generalizada. Pois, a história nos mostra a verdade [5], e Bakunin já havia previsto a famosa "Burocracia Vermelha". Esta igualdade decretada como base a não-liberdade, a obrigação, é, sem dúvida, algo que nunca funcionará - ao meu ver, a liberdade individual garante a igualdade social -.



Não gosto e repudio a iniciativa privada, propriedade privada [6], mercado capitalista, lucro, patrão, Estado, autoridade, e as demais formas de maltratar a liberdade e a igualdade; que impedem que o povo se mova; que são ilegítimas e nojentas. LIBERDADE, SOLIDARIEDADE, IGUALDADE.



Neste estudo não foi abordado exatamente tudo, mas com o passar do tempo, vamos evoluíndo e desenvolvendo as idéias. Mas considero como base para uma nova era de pensamentos meus.


Notas:


[1] Por socialismo autoritário entendo o Estado que Marx propôs como um trajeto para efetuar a real emancipação do proletariado, onde tudo é estatizado e o grande leviatã tem a cooredanação e administração de todas as relações sociais (Rússia, Cuba).

[2] Intevenção do Estado sobre a economia e a política.

[3] Sem níveis hierárquicos.

[4] Todos com a capacidade de poderem ver o que se entra, sai, modifica na economia interna e ao mesmo passo decidirem como será a divisão do, podemos dizer, "lucro".

[5] Rússia, por exemplo.

[6] Moradia, alimento e vestimentas são essenciais ao indivíduo, há de serem garantidas para ele. As suas conquistas com base no trabalho - em sistema cooperativista - também têm de ser garantidas. Consideramos, nós, anarquistas, propriedade privada como a exploração do homem sobre o outro: grandes terras e meios de trabalho concentradas nas mãos de poucos, empresas privadas sendo propriedade do patrão e tornando o trabalhador apenas um mero assalariado, dentre outros fatores de exploração capitalista. A propriedade é um roubo!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Tecnologia: Capitalismo x Anarquismo

Muito se discute entre os anarquistas em relação à este tema, como eu já havia mencionado no texto "Sistema Contra o Próprio Sistema". Lá eu afirmei, e continuo com minha postura e opinião, de que a tecnologia é, mesmo que seja algo que o sistema use em prol dele, importante à nós, anarquistas.



Considero tecnologia é o desenvolvimento e, digamos metaforicamente, a construção de um lego, porém mais complexo, da natureza o qual será utilizado em prol do ser humano. Mas, o meio social e suas relações naturalmente interferem nas ações humanas, tornando vulneráveis tudo aquilo que proveio do homem, e a tecnologia não é uma exeção.



Nosso modelo econômico e meio social é capitalista, e tudo, absolutamente tudo que o ser humano desenvolve se capitaliza e torna mais um bem de consumo, mais um produto a ser negociado e vendido, mais uma propriedade.



A tecnologia influencia e muito em vários ramos, não digamos todos, mas na imensa maioria das nossas relações, e necessitamos dela cada vez mais. Ao mesmo passo que se desenvolve mais meios, estes meios desenvolvidos desenvolverão outros meios, para outros fins. Explico. À medida que se desenvolve uma máquina, esta máquina auxilia no cotidiano e facilita desenvolver mais rápido e mais fácil outro produto qualquer. E, sabemos, que a tecnologia está em constante desenvolvimento, então cada vez mais são aperfeiçoados métodos de utilização pelo homem. Este intenso desenvolvimento, mesmo que pareça ser bom, hoje em dia em muitas vezes não o é.



Pessoas são trocadas por máquinas para diminuir a quantia de salário a ser pago, e também pois a máquina pode (e é desenvolvida para isso) render e produzir mais e mais rápido, esta troca consequentemente gera desemprego; várias empresas estão na corrida pela última geração, isto é, estão desenvolvendo mais e mais aparelhos eletrônicos, muitas delas usam da criança como o público alvo (exemplo: celular para crianças de 3 a 6 anos: o que uma criança irá fazer com um celular? Fechar negócios? Procurar emprego? A intensão é manipular o público alvo, que é um público inexperiente e curioso, sendo assim mais fácil a manipulação), lucrando cada vez mais, e investindo mais e mais em outras máquinas para realizar a troca com o trabalhador já dito acima; hoje em dia a corrida pela CONQUISTA da última geração, isto é, a corrida do povo para conseguir um aparelho mais sofisticado é intensa, todos almejam ter o celular de última geração, por que tira foto, toca música, faz pipoca, etc; a televisão, por exemplo, que sua função era de transmitir informação em tempo real, e também haver cultura, apenas serve para manipular o povo com informações distorcidas e nenhuma cultura, apenas futilidade, somado com a propaganda, que serve para estimular a corrida pela conquistas da última geração; etc.



Então, muito do desenvolvimento tecnológico hoje está corroído devido à ganância que o sistema capitalista gera, porém devemos, por atitudes éticas, averiguar também os resultados bons do desenvolvimento tecnologico no capitalismo. O dinheiro é um meio de estímulo muito grande para qualquer um, e muitos avanços tecnológicos foram bem sucedidos por, digamos, ganância. A saúde, os meios de controle e curamento de doenças se desenvolveram bastante devido ao investimento capital; dentre outros aspectos.



Certo dia uma pessoa me disse que somente o capitalismo que proprociona a tecnologia que usamos. Aí eu discordo.



Primeiro que não foi o capitalismo que desenvolveu, e sim o ser humano, mas é lógico que há o incentivo que já disse. Segundo que, mesmo sem tal incentivo capital, há como desenvolver, e vejo um meio mais plausível de desenvolvimento tecnologico na sociedade. Vou explicar.



Em uma sociedade anarquista, isto é, onde há a ausência de um Estado, autoridade, propriedade privada e consequentemente do sistema capitalista, onde a organização entre os trabalhadores e o povo é feita através dos trabalhadores e do povo - democracia direta -, e as associações são livres, baseando-se no apoio-mútuo e na educação - garantindo a liberdade individual, o respeito e a responsabilidade -, o desenvolvimento tecnologico, além de interessante, é fundamental. Ao contrário do capitalismo, a tecnologia não retira do trabalhador o seu trabalho, mas sim o auxilia, garantindo um melhor trabalho, melhores meios de produção, jornada de trabalho bastante reduzida, e uma melhoria no desenvolvimento do produto. Ora, não há o dinheiro nem a propriedade privada dos meios de trabalho, consequentemente não há a ganância do patrão demitindo funcionários e instalando máquinas para o lucro. O que há são trabalhadores organizados mutualmente e horizontalmente (sem níveis hierárquicos onde haja poder ilícito, isto é, sem justificativa, como o do patrão) visando o próprio desenvolvimento e o gozo de seu trabalho, e nada melhor que ter algo desenvolvido por ele para lhe axiliar. Logo, visando suas pretensões, naturalmente o homem desenvolverá tecnologia. Outra coisa é na área medicinal. A tecnologia de última geração é sempre bem vinda, e muito necessária para esta área, e, por ser uma área que irá socorrer todos os indivíduos, naturalmente também será bastante investida.



Mas sabemos que, quem está no campo, por exemplo, não é o mesmo que desenvolve a tecnologia para chegar ao campo. O que desenvolve a tecnologia é outra pessoa, que como o camponês, e como qualquer outro trabalhador, é uma peça importante na sociedade. Em anarquia todos sabem da responsabilidade exercida em cada cargo, e cada qual se desenvolve e desenvolve o social ao mesmo passo.



Então, dentre esse e outros fatores, a tecnologia é muito importante na sociedade anarquista, e, pelo mesmo meio, é totalmente corroída na sociedade capitalista.

sábado, 4 de outubro de 2008

A Revolução só é Possível com a Conscientização

Revolução não é um ato que alguém a faz, a dirige, quando bem querer, quando achar melhor. Não. Uma revolução anarquista será de fato uma revolução bem sucedida, porque para esta realizar só é possível através da conscientização popular, ou seja, só é possível do povo, pelo povo.






Uma revolução anarquista não visa um pós-estado ditatorial, então não quer chegar à autonomia através do poder; uma revolução anarquista não é reformista, pois acreditamos e temos a convicção que o governo é corrupto, corrosivo, e apenas interfere na liberdade individual; a revolução anarquista é algo além. Assim como Errico Malatesta já havia dito, para vivermos em anarquia há de sabermos ser anarquistas. E a revolução anarquista é feita por indivíduos conscientizados pelo ideal revolucionário de emancipação popular, e pelo ideal libertário e autônomo de nos organizarmos em uma sociedade anarquista.






Então, é possível eclodir uma revolução anarquista em três aspectos:




Se nossa propaganda for intensa, trazendo adeptos ao ideal revolucionário libertário, ou mesmo não necessariamente apenas trazê-los, mas disponibilizar o ideal no cérebro do conformado, informação no desinformado e auto-estima no derrotado, fazendo com que estes não ridicularizem ou tenham uma visão de baderneiros, vagabundos dos anarquistas. E essa propaganda, além de distribuir informações do nosso cotidiano corroído, dessa injustiça em que vivemos, e aplicando o ideal anarquista, através do diálogo, através de mutirões organizados de propaganda, dentre outros meios que possam ser pensados pelos anarquistas, como também praticar a anarquia hoje em dia, isto é, praticar a autogestão. Criar pequenos núcleos “autogestionados” como exemplo da possível existência de uma sociedade anarquista, sem a necessidade de Estado, governo, leis, autoridade, etc., somado com a propaganda do diálogo, dos mutirões (já ditos acima), fazendo o indivíduo pensar mais sobre o assunto, ter um raciocínio além das fronteiras decretadas pelas autoridades, pelos governantes, e é o que elas não querem, elas não querem os indivíduos raciocinando. Querem encher o ser humano de falsas concepções, de culturas medíocres, de falso luxo, falsa felicidade, falsa liberdade. Outras idéias de propagandas são bem-vindas, restringir à uma, ou à outra, ou seria mais difícil, ou fracassaríamos. As idéias de propaganda do ideal giram em torno uma das outras, sempre uma irá completar a outra, e vice-versa, como exemplo a propaganda de diálogos, mutirões, que somados com a aplicação da autogestão, são mais precisas e mais eficazes que apenas uma; somente os diálogos e mutirões seria muito esforço para pouca repercussão, mobilização e desenvolvimento do raciocínio; somente a aplicação da autogestão seria fraco, pois são pequenos núcleos, e, a única forma de propaganda seria a mídia capitalista, a qual iria somente dizer mau, ou nem tocar no assunto. Então, mais e mais idéias de propaganda são bem-vindas e necessárias para uma boa mobilização popular.






Se, através da propaganda, nós vermos que houve uma favorável mobilização popular, e várias pessoas se aderiram, ou mesmo deixaram de descriminalizar e passaram a apoiar, seja da forma que for, podemos aplicar a ação-direta como um passo à revolução. Até na ação-direta devem ser aplicadas as propagandas - propaganda é algo especialmente necessário em qualquer das hipóteses, compreendendo como propaganda pós, ao decorrer e pró ação-direta como conscientização sobre o porquê que estaríamos fazendo tal ato -. A ação-direta deve ter toda uma organização para praticarmos o ato com excelência, e ter toda a tática de militância no ato, como precauções, mais de um plano para orientar a ação, etc. Depois de intensas ações-diretas, com toda certeza de repressão policial, com base na propaganda de descriminalização do Estado pelo povo, sendo aquele um órgão opressor, falso-democrático, quem já apoiaria o ato cresceria sua revolta, quem ainda não apoiava, seria mais um motivo para apoiar, e nos fortificar cada vez mais.






Com base nesses dois métodos pré-revolucionários (até em outros meios de organização e prática emancipacionista), e revoltando cada vez mais o povo, a revolução estaria cada vez mais perto, porém não tão perto, ainda um pouco longe. E para chegarmos lá, todo esse processo há de ser realizado, e ambos métodos serão realizados a longo prazo, e é por isso que há a necessidade de entregarmos nossas vidas para a luta pela nossa emancipação. Os métodos pré-revolucionários resultarão na revolução somente se estiverem em completa e natural harmonia, não restringindo à uns, ou à outros; dessa forma, a revolução não triunfará.






Apenas com o povo conscientizado sobre as questões sociais atuais, e como poderíamos viver na democracia-direta, autogestão, com responsabilidade, respeito, e consciência de que o apoio-mútuo nos faz progredir mais que a luta-mútua, é que a chama de revolta do povo se ascenderá, e seremos, uns e os outros, nós, o povo, seremos a nossa lenha, para a chama crescer e destruir os órgãos opressores, os castelos de gelo produzidos com nossos antigos pensamentos, culturas, e idéias fúteis de relacionamento.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Sistema de Trocas em Ordem Natural

Contrato Social, onde duas pessoas fariam um acordo, sem burocracia, mas sim com responsabilidade, respeito, apoio - mutuo, o qual sustentasse um a necessidade do outro, e assim formariam vários Contratos, formando um elo federativo entre todas sociedades.

Isso já exclui a idéia de alguma instituição para governar tal sociedade, e trás a real liberdade e igualdade, que tanto lutam, pois, para viver em liberdade, enfim, com leis naturais, precisa de uma lei natural, uma das mais importantes, a Responsabilidade.

E se a pessoa não respeitar tal contrato? Seria excluída?

Não é que a pessoa seja excluída completamente da sociedade. Se fosse assim, tal sociedade seria corrompida em leis externas, as mínimas que fossem, o contrato se resumiria em um mini-estado. A questão não é que tal indivíduo, ao faltar com a responsabilidade, seja excluído, mas sim que ele auto-exclui. O elo federativo que o contrato social cria naturalmente entre a sociedade, e faz com que todos participem da evolução, é naturalmente exercido pelas leis naturais, principalmente a Responsabilidade. Então, como o contrato é mantido pelas leis naturais, quem for que não aceitá-las, simplesmente não aceitaria a mínima e mais forte organização, a organização natural, e ele auto-excluiria, como disse antes, mas com todo o direito de voltar.

Podemos tomar como exemplo uma roda de ciranda, estão as crianças de mãos dadas girando ao mesmo passo, e uma resolve sair, dar um passo atrás, e girar em sentido anti-horário. Simplesmente, haveria uma falha na roda, a qual poderia se auto-organizar novamente devido à intensa ajuda-mútua, e, caso o indivíduo quisesse voltar, voltaria ao seu lugar, e exerceria o seu cargo e sua posse do mesmo modo.

Por isso a responsabilidade é o fato principal: Algo assim, poderia haver uma falha na roda de ciranda, e a roda perder o equilíbrio e a velocidade, tornando-a vulnerável.

Isso pode acontecer não somente na Anarquia, quanto em qualquer outro sistema de trocas: Um exemplo é hoje, o atual sistema capitalista, alguém não concorda com o contrato, falta com a responsabilidade, tal área é muito prejudicada. Mas nesse sistema a multa é exorbitante, não só em dinheiro, mas sim em outras várias questões, como a falta de confiança. Em anarquia somente a falta de confiança, que por sua vez, confiança é uma lei natural, ela perdida resultaria em mais uma quebra da ordem natural, e essa pessoa poderia ser mais prejudicada. Mas, sabemos que a atitude em Anarquia, esta refletida totalmente à real educação, é completamente diferente da do sistema capitalista, onde há a educação forjada, de comércio, de luxo, de ganância.

Este é meu início do estudo e pensamento econômico. Espero que não assustem caso eu mude de opinião tão fácil, o que pode ser muito improvável.

sábado, 16 de agosto de 2008

Primeira Discussão da ZAD - Zona Autônoma de Discussão

A ZAD - Zona Autônoma de Discussão, http://livrosbpi.com/ZAD, realizará agora, dia 17, domingo, às 19 horas, o primeiro debate, com o tema Princípio do Conceito de Libertação Social:
Trocarmos idéias sobre o que achamos à respetio de liberdade, emancipação, anarquia. Isso seria como uma base para desenvolvermos mais idéias no decorrer dos debates.
Visite o site para mais informações.




Saúde e Anarquia!

sábado, 26 de julho de 2008

O Homem e os Demais Animais

Os demais animais não precisam de um deus para existir, para pensar, para agir, para praticar sexo e outras relações entre os indivíduos.



Os demais animais não precisam de um governo, leis, regras exteriores para manter a organização.



Toda sociedade de outras espécies são organizadas através da Ordem Natural, independentemente se há algum tipo de hierarquia, assim como é o caso das abelhas, essa é a Ordem Natural de sua espécie.



Cada espécie tem a sua Ordem Natural.



O humano pensa, e sua Ordem Natural é conseqüentemente mais avançada, na qual pode ser desenvolvido idéias para melhor relacionamento, assim como um sistema de trocas mais avançado, diálogo entre os indivíduos, avanços tecnológicos, mas nada que fuja da organização.




Mas o Humano vai além: Ele raciocina, ele quer ter praticidade, ele quer manter a organização de uma maneira mais fácil para ele, indo contra as leis naturais, e irá sempre cair na desordem.



O problema acaba sendo a forma de raciocinar, de pensar, mais evoluído que os outros animais.



Ler o texto Novas Invenções Para Manter Organização em Algo já Organizado para completar o raciocínio.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Novas Invenções Para Manter Organização em Algo já Organizado


O humano cria novas tecnologias, novos conceitos, novos costumes, sempre com a intenção de manter a ordem em algo que já é, de natureza, organizado.


Leis, dinheiro, costumes, lendas, tudo inventado pelo humano, que é destinado para manter tal sociedade "organizada". Só de o humano pensar, raciocinar criticamente, desenvolver idéias, tende a ele achar que sabe o que pode e o que não pode. E, afinal, ele sabe? Eu sei? Ele sabe da real verdade da existência? O que ele sabe? Desenvolver idéias capazes de amenizar a vida, e torná-lo mais preguiçoso? Ele tanto sabe, que sempre caiu em contradição.



Pela natureza a ordem já está, já existe, já é de cada indivíduo, de cada espécie, manter a ordem na sua respectiva sociedade naturalmente. Mas o Humano vai além: Ele raciocina, ele quer ter praticidade, ele quer manter a organização de uma maneira mais fácil para ele, indo contra as leis naturais, e irá sempre cair na desordem.



Eu não sou contra o avanço tecnológico, eu sou a favor pelo motivo que, como o humano pensa, ele tem de usar o pensamento em prol dele, mas tem de pensar em que será benéfico para ele. Então, chega a confundir que, a praticidade que ele usa para manter a organização é benéfica para ele, mas o modo que ele tenta ser “prático” não passa de um pensamento preguiçoso. Temos que diferenciar a preguiça de bons meios para a sobrevivência humana. Todo indivíduo, não digo que seja preguiçoso, mas sim que fica cansado, às vezes não quer, e isso é natural, ele não é deus para ser imortal e sempre disponível, mas ele abusa, e sempre cai na preguiça.



A sociedade de hoje é fruto deste pensamento fútil humano, corroído de antecedentes, que queriam somente "organizar". Podemos reparar que reflete este pensamento nos dias de hoje, onde tem de haver governo, autoridade, dinheiro, para manter a ordem. É uma alienação total. Então vejamos: Tais conceitos foram criados pelo ser humano, conseqüentemente, pelo pensamento dele, então, ele auto-aliena, auto-corroi! Como um ser que raciocina, pode auto-corroer?



Esta resposta é prática e rápida: Isto se deve somente porque ele pensa, nada mais. Se fosse qualquer outro ser pensante, poderia cair nisto. Ele pensa, e sabe o que é mais fácil, logo, quer o mais fácil. Mas, nesse método mais fácil, o esforço tende a ser muito maior que no método natural, tal esforço cresce com o decorrer do tempo, então, hoje em dia está no seu limite, sofrendo de stress, rotina sufocada por trabalho e obrigações, etc.



Governo para manter a ordem: Tem de haver um para nos governar, para organizar a nossa tão amada sociedade (até amar a sociedade, ou pátria, o que quiser, ele ama!). Então, para ficar mais prático ao governante, criaram as câmaras, os senados, judiciário, e toda essa babozagem. Assim, seria mais prático para manter a ordem.

Leis ditadas pelo governo para garantir a ordem, onde as polícias praticam, defendem nas ruas, e a justiça defende no tribunal.



Dinheiro para organizar o fluxo comercial. Tem de haver alguma moeda para facilitar nossas trocas. Então, para garantir a segurança do meu dinheiro (pois, o outro humano pensante, que não tem o tão amado dinheiro, e vê que outro tem, alienado por este valor fútil, quer ter também, mas não consegue, e quer tomar do próximo), criaram-se as polícias.



Polícias para garantir a ordem e bem estar da sociedade amada. Para garantir minha propriedade, para garantir o respeito entre as pessoas.




Trabalho para ganhar o seu dinheiro: Trabalho, responsabilidade, para conseguir seu amado dinheiro, e comprar o que precisa por um preço justo no comércio. Comércio onde há o fluxo de dinheiro, que vira rotina, o trabalhador ganha o dinheiro do patrão, compra no comércio coisas para ele, voltando com o dinheiro ao patrão, e uma parte de imposto ao Estado, o qual, deve investir todo esse dinheiro na sociedade, para manter a ordem, saúde, educação, segurança e o lazer.




Propriedade para garantir sua moradia e tudo que você comprou com seu capital, e é garantida através da justiça do estado.



Religião, para se basear em algo sobre a real existência (o pensamento, agora, serve para que?).



Tecnologias, para o humano ter a praticidade que merece sempre ao seu dispor.



Dentre outros conceitos que foi criado pelo humano. E tudo isso para que?

O governo tende a ser corrupto, todo e qualquer poder que há, corroi o humano, assim como acontece com as polícias: autoridade, poder, abuso, corrupção.

As leis dizem que todos são iguais: mas os governantes e as polícias são autoridades; há ricos e pobres: onde está a igualdade? O tratamento com um grande rico é diferente do tratamento com um pobre, mendigo. O rico é privilegiado, enquanto o pobre é preso, é oprimido pela polícia.

O que cria esta desigualdade?

O dinheiro que servia somente para facilitar nossas trocas.

Ele define quem é certo e quem é errado, quem pode e quem não pode. O dinheiro contra a lei que diz que todos são iguais. O sistema contra o próprio sistema. Por que há tanta corrupção? Por que há abuso? Porque o dinheiro é poder, assim como o cargo de governante é poder, então, o humano que for governante se corroi transformando em mais uma vítima do sistema.

No fluxo comercial, parte do dinheiro vai ao estado para garantir tudo que já foi dito: mas, garante? Um belo exemplo, o Brasil, o estado garante a educação, saúde, segurança? A educação de base já elimina grandes despesas com a segurança, povo nasce educado, reflete como foi educado. O pobre não tem uma educação plena, porque não tem dinheiro, então, vê em uma posição abaixo do rico, e como não teve a educação, cai na vida do crime para assaltar o rico. Então, a polícia é acionada, matando e se matando com tiroteio contra “bandidos”, traficantes, etc.

O humano que queria a praticidade, agora tem de trabalhar tantas horas por semana para garantir o mínimo para sua sobrevivência, tendo que aceitar ordens do patrão, autoridade, corrupção à todo vapor, e tudo isso que é gerado.

Se a pessoa consegue “ganhar na vida”, então ela pode ter todo o luxo que estiver disponível ao seu capital. Então, começa a arrecadar propriedades para seu nome, lucros, poder, consequentemente, se corroendo, esquece que um dia foi abusada, e agora quer mais e mais luxo. É claro que não podemos generalizar, pois há pessoas que conseguem raciocinar de verdade em tal sistema corrosivo.

Para melhor trabalho, e menos salários pagos, o patrão compra tecnologia para fazer o trabalho que era para ser de uma pessoa, sendo que ele ganha lucro, e o outro ganha desemprego, fome. Tais tecnologias são para facilitar o trabalho, mas várias são poluentes, destroem o meio-ambiente, a natureza. “Grandes” homens ricos investem em aeras florestais, desmatando as matas, matando animais. E isso tudo por quê? Pelo dinheiro. Então, a lei que proíbe desmatamento é criada. Mas o dinheiro dos ricos “entra no bolso do governo”, e tal lei não é totalmente praticada.

Os meios de comunicação, a televisão, o computador, dentre outros, passam a informação, mas manipula muito o humano. Influencia o modo de viver, de pensar de muitas pessoas (para não dizer a maioria), tornando-as consumistas, cada vez mais preguiçosas, etc. Mas também manipula muitas informações, omitindo algumas, e distorcendo outras. Uma das maiores armas do sistema é a mídia.

A religião afasta o raciocínio crítico do homem, se baseando em lendas contadas por gerações e gerações. O homem não usa a razão: e sim a religião (muitos conseguiram fugir desta alienação). A religião se distorce também devido ao dinheiro, grandes igrejas são criadas, e nelas a ladroagem de dinheiro dos fies por padres/pastores é imensa.

Há muito mais motivos criados por essa “praticidade” que destroem o próprio humano.

Mas que modo prático, em? A preguiça falou mais alto, e hoje fala bem mais alto (É claro que hoje em dia não há quem quis facilitar a ordem, e sim alienados desse sistema): não quer trabalhar o tanto que tem de trabalhar para sobreviver. Mas a preguiça vai além: o humano quer viver neste sistema e não quer mudar nada, quer se ajustar nessa máquina locomotiva descontrolada: tem preguiça de mudar o próprio conceito.

domingo, 25 de maio de 2008

BPI - BIBLIOTECA PÚBLICA INDEPENDENTE

Livros gratuitos para donwload - BPI

BPI - BIBLIOTECA PÚBLICA INDEPENDENTE



Somos uma organização independente que visa divulgar livros e afins de grandes pensadores anarquistas, socialistas, comunistas, libertários, dentre outros, no próprio site.

Não tabelamos preços aos nossos produtos, são todos gratuitos.
São em formato de Word (Todo computador lê, Rich Text Format) e PDF (Adobe Acrobat Reader), fáceis de leitura e "manuseio", que são baixados no próprio site. Clique abiaxo no que quer, livros, textos, etc.



http://livrosbpi.com



Célula BPI - ZAD - Zona Autônoma de Discussão
A BPI não é apenas uma biblioteca com livros, textos, escritos, biografias e entrevistas, é uma Célula de Entretenimento Libertário, ou mesmo Célula BPI.



Com isso, temos uma rede de sites de entretenimento libertário ligados à BPI, o projeto base.



O primeiro projeto filial é a ZAD - Zona Autônoma de Discussão.



http://livrosbpi.com/ZAD/



Visite a página para saber mais sobre.



Ainda vamos criar outro, agurarde!





ps.: O link http://livrosbpi.com , será mudado para outro nome que ainda não decidimos, então, fique atento, quando mudar, será recebido uma mensagem sobre a mudança e que você já pode acessar com o novo, e esquecer desse.




Central CEL - CÉLULA DE ENTRETENIMENTO LIBERTÁRIO
Célula BPI
Paulo Afonso Ladeira de Lima Júnior



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BPI - Biblioteca Pública Independete - http://livrosbpi.com
Seu projeto, ZAD - Zona Autônoma de Discussão - http://livrosbpi.com/ZAD/

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Obrigado.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Anarquia é Desordem? Imagino eu então o Capitalismo!

[ironia]Como a mídia é totalmente pura, limpa, diz o que é realmente[/ironia], ela diz que anarquia é desordem. Tadinha, não se olha no espelho para abrir a boca de merda. Olha o capitalismo? é tudo tranquilo, tudo na paz, tudo organizado? hahaha Contradição da democracia (vou me explicar somente aqui): porcos e filhos da puta roubam milhões do povo (os que eram para representarem o povo em!), não são presos, e já o pai de família que rouba galinha para comer, vai preso! (agora, estou dizendo a verdade, agora mesmo, estou com a tv ligada, vi a reportagem enquanto digitava, mendigo que roubou cachassa de 1,50 está preso por 7 meses! vi na band) que democracia em!?pessoas matam por dinheiro, pelo poder, pensam somente no valor cambiável, não útil, sequestram, a polícia maltrata usando de sua toda poderosa autoridade porca, corrupta e preconceituosa o negro, quem tem mais quer mais ainda e terá mais ainda, quem tem nada nesse sistema terá menos que nada, agora pergunto à mídia: isso é organização? Temos várias contradições sobre o capitalismo que Proudhon disse na Filosofia da Miséria, que não postarei aqui, porque acho que só isso acima é o bastante para colocar abaixo a mídia manipuladora e filha da puta capitalista! Anarquia não é desordem, é liberdade de vida!agora fala: imagina sem regras, todo mundo vai roubar todo mundo! e eu respondo: no sistema anarquista não há poder, não há dinheiro, não há ambição! sendo assim, como uma pessoa iria roubar a outra? no anarquismo, não é simplesmente o fato de não ter regras e vamo que vamo, e sim a auto ajuda de cada ser! no anarquismo tudo é de todos! ninguém é dono de nada! todos nascemos no mundo! todos temos direito de ter tudo que a nossa terra nos proporciona! isso não é bagunça! agora mídia, agora capitalistas, políticos, o que é desordem!? ANARQUIA AQUI E AGORA!